Pesquisas revelam o perfil e os desafios enfrentados pelas empreendedoras brasileiras

Lucimara Artussa Por Lucimara Artussa
3 min de leitura

Segundo um levantamento feito pela empresa de soluções financeiras SumUp sobre empreendedorismo feminino, 42% das mulheres que possuem um negócio, o fazem pela necessidade de terem uma fonte de renda. Outros dados mostram que das 1.261 mulheres entrevistadas, 25% começou seu negócio porque encontrou uma boa oportunidade para empreender. Já 22% contam que viram no empreendedorismo a possibilidade de ter mais autonomia para conciliar trabalho e vida familiar.

Conforme contou Mariana Lazaro, CFO da SumUp das Américas,  ao site Pequenas Empresas e Grandes Negócios, o objetivo da pesquisa foi identificar o perfil da empreendedora brasileira. Ela explicou ainda que as respostas das mulheres foram comparadas às dos homens para que pudessem mensurar como as relações de gênero podem impactar sua atividade. 


SumUp investigou o impacto das relações de gênero nos negócios (Foto: Reprodução/Pexels)


Dentre os achados na investigação da SumUp, constatou-se que as regiões sudeste e nordeste do Brasil são as que mais concentram microempreendedoras e autônomas. Outra constatação foi que 38% das mulheres que têm sua própria empresa têm entre 30 e 39 anos, e 29% estão na faixa etária dos 40 aos 49. Também foi levantado que 45% das mulheres se autodeclaram como pardas, 43% como brancas e 10% como pretas. 

Uma pesquisa realizada em 2020 pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade – IBQP, também apontou o fato de que o principal motivo para as  mulheres ingressarem no empreendedorismo é a necessidade de gerar renda. No entanto, uma das principais dificuldades que elas encontram para empreender é a falta de capital de giro. 

Com isso, a investigação mostrou que elas acabam se concentrando nas atividades de confecção de peças de vestuário, venda de cosméticos e de produtos de perfumaria e higiene pessoal. Além desses segmentos, a pesquisa da SumUp também identificou uma predominância feminina nos serviços de estética e de vendas de produtos para pets. Mas apesar dos grandes desafios, a pesquisa do Sebrae observou que as mulheres são mais competentes para implantarem programas de inovação, e a SumUp revelou um maior otimismo entre as mulheres para os negócios em 2023.

Foto Destaque: Mulher com braços cruzados. Reprodução/Pexels

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