Acordo de São Paulo com TJD evita punições de jogadores e revolta dirigente do Palmeiras

Alice Accioly Por Alice Accioly
3 min de leitura
Foto destaque: dirigentes e jogadores do São Paulo se exaltam e vão até o vestiário da arbitragem após partida contra Palmeiras (reprodução/GE)

O São Paulo fez um acordo com o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) estadual para evitar punições a jogadores e dirigentes na reta final do Campeonato Paulista. O tricolor vai pagar um total de R$ 205 mil em multas para livrar a equipe do julgamento da confusão durante um clássico contra o Palmeiras.

Posicionamento do Palmeiras

O Verdão não foi informado e nem participou da formulação do acordo, sendo assim, o clube não pode pedir a anulação da decisão do judiciário. O diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, disse ao GE que o acordo abre um precedente para futuras confusões no futebol e deixou clara a sua indignação pela falta de punição. “Se comete um ato grave e para não ser punido levanta o dedo e pede desculpas? E mais, vaza-se um vídeo antes da transação (disciplinar esportiva) ser assinada. Acho que estamos perdendo por completo a noção do que é racional em uma situação como essa”, afirmou.

O acordo

O vídeo a que o dirigente se refere é um pedido de desculpas do diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, que vazou horas antes do acordo ser assinado. A procuradoria, no entanto, compreende que Belmonte sofreu punições, uma vez que o dirigente precisou gravar um pedido de desculpas ao técnico Abel Ferreira (por chamá-lo de “português de merda”), pagar R$ 50 mil de multa e está suspenso de frequentar os jogos do tricolor até o fim do Campeonato Paulista.


partida choque-rei
Foto: Jogadores durante partida do dia 3 de março de 2024 que foi resolvida judicialmente nesta quarta-feira (13) (reprodução/ Rubens Chiri / saopaulofc.net)

Além de Belmonte, o presidente Julio Casares, o dirigente adjunto Fernando Bracalle Ambrogi, o auxiliar técnico Estéphano Kiremitdjian Neto,  Rafinha,  Wellington Rato e Calleri foram denunciados por irem ao vestiário da arbitragem reclamar da atuação do árbitro Matheus Delgado Candançan. No acordo ficou determinado que o clube vai arcar com a multa dos jogadores e os dirigentes pagarão a própria multa (R$ 110 mil no total).

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