No último domingo (7), o Boca Juniors anunciou as sanções impostas pela Conmebol ao clube. A razão de tais medidas foi a série de atos racistas cometidos pela torcida argentina no jogo contra o Palmeiras, válido pelas semifinais da Libertadores de 2023. Um torcedor exibiu em seu celular a palavra “macaco” em direção à torcida palmeirense.
Punições
O Boca, que disputa a Copa Sul-Americana de 2024 e está no grupo do Fortaleza, terá de pagar uma multa de 100 mil dólares (mais de 500 mil reais). Além disso, um dos setores de seu estádio, La Bombonera, terá capacidade reduzida em cerca de três mil torcedores. O clube também terá que exibir uma bandeira com a frase “Basta de racismo” no estádio.
A denúncia que culminou na punição do clube foi feita pelo Palmeiras em outubro. Além do termo racista no celular do torcedor, também é possível ver torcedores fazer gestos imitando macacos voltados à torcida palmeirense. Os vídeos utilizados como prova no caso foram filmados pelos torcedores do clube paulista. Não é a primeira vez que o Boca Junior é punido pela Conmebol por injúrias raciais. Em 2022, o time argentino foi multado pela mesma razão em uma partida contra o Corinthians, também válida pela Libertadores.
Torcedores presos
Além das punições ao clube, torcedores já foram presos pelo mesmo motivo. Em novembro 2023, na final da Libertadores contra o Fluminense realizada no Rio de Janeiro, um torcedor do Boca foi preso após uma briga generalizada entre cariocas e argentinos dois dias antes da partida. Um dos brasileiros envolvido na confusão disse ter sido chamado de “macaquito” pelo argentino. Em 2022, na partida contra o Corinthians, Sebastian Palazzo e José Lisa Ragga foram detidos ao fazer gestos racistas direcionados à torcida corinthiana na Neo Química Arena. Além deles, Federico José também foi preso, porém, por fazer saudações nazistas durante a partida.