Após assumir o Cruzeiro, gestão de Ronaldo anuncia economia anual de R$ 55 milhões

Thaís de Mello Por Thaís de Mello
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Após o anúncio do ex-jogador Ronaldo Fenômeno e seu grupo empresarial como proprietários e gestores da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro, a ordem tem sido clara: reduzir custos. É exatamente isso que tem acontecido nos últimos quatro meses. O trabalho feito pela equipe de Ronaldo já gerou uma redução de R$ 55 milhões de gastos anuais com futebol, de acordo com Pedro Martins, executivo de futebol do clube.

Nesta sexta-feira (15), o clube mineiro divulgou um balanço sobre os 120 dias de gestão de Ronaldo e sua equipe. Pedro Martins, contratado em janeiro, ressaltou essa redução de 60% nos gastos com o futebol. Mensalmente, a economia é, em média, de R$ 4,6 milhões.

“É importante a gente falar de redução de custos e dos valores envolvidos nesse processo que venho falando. O clube conseguiu reduzir 60% dos custos da direção de futebol, o que representa R$ 55 milhões no nosso orçamento anual”, disse Pedro, em entrevista.

Embora o corte nos gastos e a economia gerada pelo clube sejam altos, Pedro Martins descarta a possibilidade de contratações com o dinheiro. Segundo o executivo, a economia do Cruzeiro foi essencial para a sobrevivência do clube.

“Isso vai fazer com que a gente consiga existir, sobreviver e pagar salários em dia. Na nossa visão, clube grande é clube que paga em dia. Nesse processo, é necessário e importante que a torcida entenda que é uma reconstrução”, afirmou Pedro.


Ronaldo e Pedro Martins em visita ao CT do Cruzeiro (Reprodução: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)


Grande parte da redução de custos do Cruzeiro se deve ao futebol profissional. A gestão de Ronaldo tem buscado por profissionais com custos mais baixos para a comissão técnica e funções diretivas, além da diminuição de atletas no elenco. De acordo com Pedro, atualmente o time conta com 26 jogadores efetivados no profissional. No ano passado, o Cruzeiro contava com 43 atletas ao todo.

Pedro Martins afirma que a medida foi necessária, pois o clube mineiro não tinha condição de pagar 43 atletas na equipe principal. Na visão da nova gestão, o principal aditivo de uma equipe é a qualidade dos jogadores em atuação.

O diretor executivo ressaltou que a equipe de Ronaldo encontrou mais problemas do que eles haviam esperado. Pedro lembrou que em 2021 o Cruzeiro teve dificuldades para pagar salários de funcionários com salários mais baixos. Na ocasião, alguns jogadores chegaram a ajudar com o dinheiro do próprio bolso para auxiliar esses funcionários.

“São 100 dias em que a gente identificou um problema muito maior do que a gente imaginava que encontraríamos. Cem dias em que identificamos um clube com dificuldades para pagar contas básicas, salários inclusive pequenos, de funcionários que estavam aqui há muito tempo”, finalizou Pedro.

Ao longo desses quatro meses de gestão, Ronaldo chegou a pagar cerca de R$ 40 milhões em dívidas para que o clube pudesse registrar os reforços para a atual temporada. O clube mineiro ainda possui débitos com clubes brasileiros e do exterior por conta de contratações que a equipe de Ronaldo precisará negociar para evitar punições da CBF e Fifa.

 

Foto destaque: Ronaldo Nazário, o Fenômeno (Reprodução: Divulgação/Twitter/Cruzeiro)

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