Após lesão de Neymar, Al-Hilal pode receber indenização da FIFA

Alexandre de Lima Olmos Por Alexandre de Lima Olmos
3 min de leitura

Contratado pelo Al-Hilal em agosto, o atacante Neymar pode ficar até oito meses sem entrar em campo, graças a uma lesão sofrida durante partida contra o Uruguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026. O desfalque do camisa 10 significa um grande prejuízo para o clube saudita, que pode tentar amortecer os gastos através de um mecanismo da FIFA.

Programa de Proteção de Clubes

Criado em 2012, para a disputa da Eurocopa, esse mecanismo visa diminuir o prejuízo de clubes que perderam seus jogadores por lesão, após partidas por suas seleções. Na época, foi utilizado o exemplo de Arjen Robben, atacante que jogava pelo Bayern de Munique, e que sofreu uma lesão durante a Copa do Mundo de 2010, ficando de fora dos gramados por seis meses.

A FIFA pagará uma indenização para jogadores que ficarem indisponíveis por pelo menos 28 dias seguidos. Segundo o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito esportivo internacional, essa indenização tem limite de um ano de lesão, e um teto de gasto de 7,5 milhões de euros (equivalente a R$ 40 milhões).


Postagem do Al-Hilal sobre a lesão de NeymarPublicação do Al-Hilal desejando uma boa recuperação para Neymar (Foto: Reprodução/X/@Alhilal_EN)


Salário de Neymar

Porém, esse valor seria muito baixo levando em consideração o salário de Neymar. De acordo com a revista Forbes, especializada em negócios e economia, o camisa 10 é o terceiro futebolista mais caro do mundo, recebendo cerca de US$ 112 milhões (equivalente a R$ 566 milhões) por temporada no Al-Hilal. Em média, o salário mensal do atacante seria de US$ 9,3 milhões.

De acordo com o advogado, a FIFA gasta 80 milhões de euros (equivalente a R$ 400 milhões) por ano em indenizações desse tipo, considerando todos os clubes.

Histórico de lesões

De acordo com um levantamento feito pelo GE, essa foi a 26ª lesão de Neymar desde sua chegada a Europa, na temporada 2013/2014. Ao todo, foram sete lesões no pé direito, sete na coxa esquerda, quatro no pé esquerdo, quatro na coxa direita, duas nas costelas e uma na lombar. Além disso, ele já ficou de fora por caxumba, COVID-19 e desgaste muscular. Essa foi a primeira lesão no joelho esquerdo, com previsão de retorno entre seis e oito meses.

Segundo dados do site Transfermarkt, especialista em transferências, foram 893 dias estando indisponível por lesão, em um total de 177 jogos perdidos, incluindo clubes e seleção.

 

Foto destaque: Neymar com a camisa da seleção brasileira. Reprodução/X/@neymarjr

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