Um dos grandes destaques do Corinthians na temporada, o meio-campista Renato Augusto se preparou e está disponível para a semifinal da Copa do Brasil, contra o Fluminense, nesta quinta-feira, para buscar o primeiro título da Copa do Brasil pelo Timão.
Campeão Paulista, da Recopa e do Brasileirão pelo Corinthians, Renato Augusto sabe do peso de conquistar a Copa do Brasil nessa temporada.
De torcedor para o campo: Renato Augusto foi campeão pelo Flamengo em 2006 (Reprodução/Paulo Cruz/Agif/Folha Press)
“Como eu falei aqui, para botar o nome na história do clube, você tem que ser campeão. É uma competição que eu não ganhei aqui. Seria ampliar o que eu já conquistei. O Brasileiro tem um peso muito grande, mas a Copa do Brasil seria muito especial. É a nossa maior possibilidade de título no ano”, disse o meia, em entrevista para o ge.
O Fluminense é uma equipe que mantêm o mesmo estilo jogando como visitante (62,9%) e mandante (70,9%). Renato Augusto destacou o padrão carioca, mas que agora tem a força da torcida alvinegra.
“O pouco que eu vi do Fluminense fora, ele joga igual. Eles têm um padrão dentro e fora. É um time muito bem treinado, com muita qualidade técnica, tanto dos mais experientes, como dos mais jovens. Mas dessa vez temos a vantagem da nossa torcida”, comentou o meia.
Para ganhar do Fluminense, nas palavras de Renato Augusto, o Corinthians tem que ser cirúrgico, porque é uma equipe que massacra.
“Foi um jogo diferente de tudo. Tivemos que mudar até o pensamento, porque (o Fluminense) é uma equipe que te massacra, que produz muito, então você tem que se desgastar sem a bola e ser cirúrgico. É o massacre de te fazer correr, de te fazer jogar sem bola. Você tem que estar concentrado o tempo todo, porque em um minuto que você perde a concentração, entra uma bola e gera uma chance de gol. Em poucos momentos que perdemos a concentração, eles fizeram os gols. O massacre é isso, fisicamente, mentalmente, não poder ficar com a guarda baixa em nenhum momento. Ele massacra nesse ponto de te testar o tempo inteiro. Concentrado do primeiro segundo até o último para não dar possibilidades. Te desgasta fisicamente, aí quando você tem a bola, você está mais cansado porque correu muito atrás deles. Aí ele te pressiona e recupera a bola rápido”, explicou o meia.
Em relação aos desfalques do Fluminense, a equipe carioca não tem a dupla André, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e Nonato, que foi vendido ao Ludogorets, mas para o Renato Augusto, não deve fazer tanta diferença.
“Primeiro, o time tem um padrão. Ele troca algumas peças e mantém o nível. Mas perder um cara como o André, claro, é difícil repor. Mas na hora é Fluminense contra Corinthians, é Corinthians e Fluminense”, disse o meia.
Campeão em 2006, Renato Augusto saiu da base para vestir a camisa 10 do Zico na final contra o Vasco da Gama.
“Eu fiz dois jogos (na competição). Eu estava na arquibancada nas quartas e nas semis. Aí parou por causa da Copa do Mundo de 2006. Nesse meio tempo, fui treinar no profissional e os caras gostaram. Me deixaram lá. Na verdade, o Luizão, atacante, foi treinar com os juniores e gostou de mim. Foi falar com os caras: “Tem um moleque no júnior, magrinho, alto”. Aí os caras foram atrás de mim. Kleber Leite me ligou, avisando que ia voltar a numeração antiga e que eu ia jogar com a 10. Aí já vem Zico, aquela coisa toda na cabeça, e ele disse que não era para contar para ninguém. Contei nem para o Toró, meu parceiro de quarto, e ele ficava: “O que houve?”. E eu soando, nada não, nada não (risos). Aí cheguei lá, a 10, caraca. Fomos para o jogo e saímos campeões. Eu tinha ingresso de arquibancada no bolso e acabei no campo”, revelou o meia.
Para conquistar uma vaga na final, o Corinthians tem dois resultados possíveis: se empatar, a decisão contra o Fluminense vai para os pênaltis, se vencer o time carioca pelo resultado simples, o Timão estará na final contra o Flamengo, que eliminou o São Paulo na outra semifinal da Copa do Brasil.
Foto destaque: Renato Augusto aplaudindo a torcida na Neo Química Arena. Reprodução/Instagram