Fernando Diniz, treinador da seleção brasileira, expressou seu pesar pela derrota de 2 a 1 para a Colômbia, em Barranquilla, nesta quinta-feira (16), marcando a segunda consecutiva nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Com mais um jogo à frente da equipe na busca pela classificação para o Mundial de 2026, Diniz acumula dois triunfos, duas derrotas e um empate.
O técnico analisou que a Seleção buscou controlar o jogo, mas encarou dificuldades em conter os colombianos na segunda etapa. Além disso, ele apontou as oportunidades perdidas pela equipe. Fernando Diniz expressou confiança em uma recuperação iminente, destacando a importância do próximo desafio contra a Argentina, marcado para a próxima terça-feira (21), às 21h30 (horário de Brasília), no estádio do Maracanã.
Diante da previsão de um estádio lotado, o treinador foi perguntado sobre a possibilidade de enfrentar cobranças por parte da torcida.
“A gente tem que estar preparado para tudo. Mas a gente vai jogar na nossa casa, no Maracanã. O estádio deve estar cheio. E a gente vai fazer de tudo para entregar aquilo que o torcedor deseja. É isso que eu espero do jogo. Do lado de cá, vamos fazer de tudo para corrigir aquilo que deu de errado, principalmente no sentido de marcação, e entregar um jogo ainda melhor no sentido ofensivo. Corrigir as falhas da gente nos sentidos defensivos”, declarou.
Jogadores da seleção brasileira comemorando gol feito por Gabriel Martinelli, durante a partida Colômbia x Brasil, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 (Foto: reprodução/Staff Images/CBF)
Análise do jogo
Na coletiva de imprensa dividida em duas partes, marcada por tumulto e até um princípio de confronto de representantes das duas confederações sul-americanas, Diniz concedeu declarações inicialmente aos jornalistas colombianos, e em seguida para os brasileiros.
O comandante da seleção brasileira comentou que não adotou uma postura defensiva em bloco baixo durante a partida. Ele lamentou a falta de eficácia ao não aproveitar oportunidades para marcar os gols. O técnico reconheceu a necessidade de ajustar a defesa, especialmente em situações em que foi preciso baixar o bloco para conter os avanços colombianos, ressaltando a importância de melhorar a marcação em linha baixa para evitar cruzamentos e gols sofridos.
Com semelhanças do que faz nos momentos desfavoráveis no Fluminense, Fernando Diniz refletiu sobre a fase atual da Seleção. Ele mencionou as significativas mudanças desde a saída de Tite e o limitado tempo disponível para fazer adaptações durante os treinos. Apesar disso, o treinador demonstrou confiança no potencial de evolução do grupo.
Substituição de Rodrygo
Questionado sobre o desempenho de Rodrygo, e os motivos de substituição do jogador, a pergunta foi feita visto que, o Brasil tomou dois gols após a saída do jovem talento do Real Madrid, o treinador respondeu:
“O Rodrygo estava fazendo uma boa partida. A gente tirou por achar que ele estava sentindo um pouco o calor, um pouco de cansaço. Estava perdendo um pouco a mobilidade. Tiramos por contar disso. E fazer uma análise de que tiramos o Rodrygo e tomamos os gols acho que é demais, né? Tomou dois gols de cruzamentos, o que o Rodrygo poderia fazer nos dois gols que a gente tomou? Esse tipo de comentário de que você tira um jogador e não tem nada a a ver com os gols da Colômbia. Eles já tinham tido outras chances, não tem nada a ver com a saída do Rodrygo”.
Rodrygo disputando bola durante partida Colômbia x Brasil, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 (Foto: reprodução/Staff Images/CBF)
Diniz afirmou que “criar chances é sempre mais difícil do que a gente corrigir os aspectos defensivos”. No entanto, ele simultaneamente assegurou uma melhoria no desempenho da equipe na próxima terça-feira contra a Argentina.
O técnico ressaltou mais uma vez sua determinação em corrigir a equipe para jogar contra a Argentina, mas destacando que o resultado não é garantido. Ele enfatizou que focar apenas no resultado não é sua principal preocupação, mas sim a evolução gradual da equipe. O treinador acredita que ao corrigir aspectos defensivos, a tendência é que os resultados consistentes surjam conforme a equipe evolui.
Diante da imprensa colombiana, Fernando Diniz reconheceu a ausência sentida de Neymar e Vini Jr, este último substituído no primeiro tempo contra a Colômbia. Ele afirmou que essa situação impactou a equipe, porém, enfatizou que não busca desculpas para o resultado do placar.
“É o mesmo que jogar sem o seu melhor jogador. Mas a gente não perdeu por conta disso. A gente fez o mais difícil, que era abrir o placar no primeiro tempo. Fizemos um ótimo início de jogo. Poderíamos ter controlado melhor a partida e ter ampliado o marcador quando a gente teve chance”, completou.
Recordes negativos
Pela primeira vez na história das Eliminatórias, a Seleção enfrentou duas derrotas consecutivas, resultando na atual quinta posição na tabela, com apenas 7 pontos em cinco partidas.
O próximo desafio do Brasil será na terça-feira (21) contra a Argentina, no Maracanã, às 21h30 (horário de Brasília). Vale notar que a equipe de Messi também sofreu uma derrota nesta quinta-feira, em casa, para o Uruguai, com um placar de 2 a 0.
Foto Destaque: Fernando Diniz na beira do campo do jogo Colômbia x Brasil, pelas Eminatórias da Copa do Mundo de 2026 (Reprodução/Staff Images/CBF)