Um estudo realizado por uma ferramenta de Inteligência Artificial, Fifa e pelo Sindicato Mundial de Jogadores de Futebol (Fifpro), mostrou que cerca de 20% das atletas inscritas na Copa do Mundo foram alvo de mensagens discriminatórias ou ameaças durante o Mundial.
Mensagens ofensivas na Copa 2023
Uma ferramenta de Inteligência Artificial foi utilizada para identificar e apagar mensagens de ódio que as atletas receberam. “Não pode haver lugar nas mídias sociais para aqueles que abusam ou ameaçam alguém, seja nos torneios da Fifa ou em qualquer lugar. Graças ao SMPS, introduzido há um ano pela Fifa, com apoio da Fifpro, ajudamos a reduzir a exposição de jogadoras, times e dirigentes ao abuso online e ao discurso de ódio“, afirmou Gianni Infantino, presidente da Fifa.
Cerca de 50% das mensagens ofensivas recebidas pelas atletas foram em grande maioria homofóbicos, sexistas ou abuso sexual. O Serviço de Proteção de Mídias Sociais (SMPS, sigla em inglês) analisou comentários em mais de 2 mil contas de redes sociais e 5 milhões de posts. Segundo a estatística da pesquisa, o Brasil é o nono país com mais abuso online, e a fica Argentina em segundo lugar, com mais de 1.500 mensagens ofensivas. Os Estados Unidos foi o que mais teve mensagens de ódio, cerca de 4 mil mensagens.
Wendie Renard, zangueira da Seleção Francesa na Copa de 2019 (Foto: reprodução/Frank Fife/AFP)
Copa Feminina atrai mais conteúdo ofensivo
Outro cenário foi na Copa do mundo de 2019, em que a jogadora francesa Wendie Renard sofreu com comentários pejorativos sobre o seu cabelo, além de piadas racistas.
Além de diversos tipos de comentários ofensivos, campeonatos femininos sofrem com a desvalorização e o machismo. A Copa do Mundo Feminina iniciou em 1991, com vitória da Seleção dos Estados Unidos. Após quase três décadas da primeira Copa feminina, em 2019 teve todos os jogos da competição transmitidos, onde a França foi sede.
Foto destaque: dados da pesquisa dos países que mais receberam mensagens ofensivas na Copa feminina 2023 (Reprodução/Fifpro/X)