A temporada de 2021 da Stock Car ganhou um reforço importante, o vice campeão mundial de Fórmula 1, Felipe Massa. Em uma entrevista antes da última prova do ano, o piloto do carro 91 cobrou uma melhor visibilidade nos veículos da categoria e se mostrou surpreso com o clima competitivo entre os pilotos.
“Eu esperava um clima um pouco mais aberto na Stock, esperava um clima mais amigo do que eu enxerguei. Logicamente tenho relação boa com praticamente todos os pilotos, talvez tirando um, mas eu acho que na Stock tem muito piloto que tem uma ânsia muito grande em algumas situações. Senti muito mais tranquilidade correndo na Porsche do que na Stock Car. Logicamente, eu com o Rubinho, com o Tony, com meu companheiro de equipe, com Cacá Bueno, que é meu amigo, a relação é bem aberta. Mas eu senti os pilotos bem separados, para falar a verdade. É um grupinho pequeno próximo e depois tudo muito competitivo entre um e outro.”
Felipe Massa em ação na etapa de Curitiba da Stock Car (Foto: Reprodução/Rodrigo Guimarães/Twitter)
Apesar da crítica ao comportamento dos pilotos, Massa elogiou a categoria por conta do equilíbrio entre carros e pilotos, fatores que nem todas as categorias conseguem ter: “É uma categoria muito legal, muito bacana, eu estou gostando de fazer parte da Stock Car. Sempre tive a vontade de correr de Stock quando eu voltasse da Europa. É uma categoria que tem um nível muito alto muito entre os pilotos, com a competitividade muito alta, 30 carros andam no mesmo segundo, e isso é muito difícil de ver em muitas categorias.”
Massa, que é um defensor da segurança no esporte a motor desde seu acidente de Fórmula 1 em 2009, fez criticas à visibilidade dos veículos da stock: “A questão da visibilidade um problema muito sério no carro na Stock Car, é um problema até de segurança. A visibilidade é tão ruim neste carro, que acaba entrando numa questão de segurança. Acontecem toques onde não poderiam acontecer exatamente por que você não tem visão, principalmente com carros na sua lateral – dependendo do ponto você não consegue enxergar e não consegue saber onde esse carro está. Espero que o próximo carro, que não vai ser o ano que vem, tenha uma visibilidade completamente diferente do que a gente tem neste carro. Esse espelho no meio do carro parece que não existe porque tem muita coisa atrás do carro, no meio do chassi. Os espelhos laterais também são bem difíceis a visibilidade. Espero que o próximo carro seja muito mais bem montado e mais bem feito para dar mais visibilidade para os pilotos.”
A primeira temporada de Massa na Stock foi complicada, além da competitividade, a falta de tempo para treinar e se adaptar ao carro tornam ainda mais difícil à adaptação. “É um carro muito diferente daquilo que eu estava acostumado, é uma categoria que você precisa de tempo para se adaptar. E não tem testes, você chega lá faz duas sessões de 30 minutos e vai para a classificação. E nessas duas sessões de 30 minutos você não tem nem pneu (novo) para usar – você anda com pneu velho da corrida anterior, o melhor que você tem, e no final da segunda sessão você tem um pneu zero se você conservou durante a sessões, ou você tem metade nova e outra metade usada. Essa é a parte difícil da categoria para um piloto estreante, que é meu caso, que é o caso do Tony Kanaan e de outros pilotos que estrearam e sofreram para entender e pegar a mão rápido do carro” – justificou o piloto do Chevrolet Cruze 91.
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A decisão da Stock Car acontecerá em Interlagos no próximo Domingo, 12/12 a partir das 13:40 com transmissão da Band e Sportv, além do canal da categoria no Youtube.
Foto destaque: Reprodução/Rodrigo Guimarães/Motorsport.uol