A Federação Internacional de Futebol (FIFA) baniu o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, por três anos de qualquer atividade relacionada ao esporte. O dirigente deu um beijo sem consentimento na atleta Jenni Hermoso, da seleção feminina, após a conquista da Copa do Mundo. O banimento foi divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Comitê Disciplinar da FIFA. O agressor já estava suspenso provisoriamente por noventa dias.
Banimento
Jenni Hermoso já tinha uma medida protetiva contra Rubiales, em que ele tinha que manter no mínimo 500 metros de distância da camisa 11 da seleção espanhola e não poderia mais tocar no nome dela em público.
Já a FIFA condenou o ex-presidente dizendo: “A FIFA reitera o seu compromisso absoluto de respeitar e proteger a integridade de todas as pessoas e de garantir que as regras básicas de conduta cívica sejam respeitadas”, afirmou em comunicado. Segundo o comitê, o mandatário infringiu o artigo 13 do código disciplinar da federação, que faz referência ao comportamento ofensivo e violações do princípio do fair play.
Momento do beijo do presidente da RFEF na atleta. (Video:reprodução/youtube/guardianfootball)
Repercussão
A Copa do Mundo Feminina ocorreu em agosto. De lá pra cá, muita coisa se repercutiu do momento em que aconteceu o beijo de Luis Rubiales em Jenni Hermoso. A jogadora formalizou no início de setembro uma denúncia contra o presidente. Com as investigações em andamento, o presidente e o técnico renunciaram aos seus respectivos cargos.
No dia 9 de outubro, a atleta foi ao tribunal dizer que não merecia estar passando por aquilo. Ela disse que não havia feito nada e que teve que sair de Madrid porque a pressão era tanta que ela não suportava mais e sentia que ninguém estava a protegendo. Rubiales tentou se defender e disse que, antes de chegar à internet, ninguém estava levando aquilo a sério e que seria apenas um momento de simpatia.
Foto destaque: Luis Rubiales afirma que o beijo foi consentido e tem dez dias para entrar com recurso sobre o banimento. (Foto: reprodução/ge.globo.com/reuters)