Jogadores brasileiros relatam primeiro dia da Guerra em Israel

Redação Por Redação
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No último sábado (7), Israel vivenciou um momento de elevada tensão, quando o grupo extremista islâmico armado Hamas lançou um ataque surpresa, concentrando seus esforços principalmente na região sul do país. As forças militares afirmaram que “múltiplos terroristas conseguiram se infiltrar no território israelense a partir da Faixa de Gaza“.

Até agora, as equipes de socorro confirmaram que pelo menos 532 vidas foram perdidas, com 300 vítimas em Israel e 232 na Faixa de Gaza. E a 50km de distância encontra-se Lucas Salinas, meio-campista brasileiro que joga pelo Ashdod, um clube de futebol da região.


Lucas Salinas, meia do Ashdod, de Israel. (Foto: reprodução/Instagram/@lucas_salinas)


Lucas Salinas comenta momentos de tensão em Israel

O jogador de 27 anos, que já teve passagens por clubes em Portugal e na Bulgária, decidiu esperar os primeiros dias para avaliar como a situação se desenvolverá no país. No entanto, Salinas destacou que, caso surja a oportunidade de obter um voo para a Europa ou para o Brasil, ele consideraria a possibilidade de partir.

O meia comentou que sua equipe e ele estávamos totalmente focados, pois tínhamos um jogo programado para o Norte. No entanto, às seis da manhã, os ataques começaram. Além disso, o jogador disse que ocorreu uma reunião, em que todos os atletas foram informados de que o jogo estava cancelado e foi dada uma escolha: ficar no hotel ou retornar para Ashdod.

O elenco optou por voltar para a cidade. E o meia agora está em um apartamento de um amigo colombiano, acompanhado por outro brasileiro. “Embora eu normalmente more sozinho, decidimos nos apoiar mutuamente durante este período desafiador. Estamos em um lugar com um abrigo de proteção e temos suprimentos de comida suficientes para enfrentar esta situação“.

“É muito perto. Mas é a cidade em que a gente vive, onde conhecemos as coisas. Então, escolhemos ficar aqui. Foi bem tenso no ônibus. Conseguíamos ver os mísseis sendo interceptados. Muita polícia também. Muitas barragens. Mas deu tudo certo e conseguimos chegar aqui no apartamento. Nos ofereceram caso queiramos sair de Israel. O problema são os voos. Tenho amigos estrangeiros que estão o dia todo buscando voos para qualquer lugar. Mas estão sendo todos cancelados”, comentou o meia em entrevista.

 

Felipe Santos também comenta sobre primeiro dia de guerra

Outro jogador brasileiro que está na primeira divisão do futebol israelense é Felipe Santos, atacante do Hapoel Haifa. Ele chegou recentemente ao país e à cidade de Haifa, que fica a 172 quilômetros da Faixa de Gaza.

“Estou com minha esposa, meu filho de três anos e minha avó. A maior preocupação foi com eles. Mas estamos bem e em segurança na nossa casa. O alerta é que não devemos sair de casa e nem abrir a porta para ninguém, pois não sabemos de onde vem o ataque. Já tinha visitado Israel algumas vezes. Era meu sonho jogar no país e morar em Israel. Quando recebi a proposta, conversei com minha esposa. Já sabíamos que isso acontece em Israel. É triste, estamos preocupados sim, mas não fomos pegos desprevenidos”, comentou o atacante brasileiro.

Na Ucrânia, que tem enfrentado ataques da Rússia desde o começo de 2022, os jogadores estrangeiros receberam permissão para sair do país e rescindir seus contratos, tendo a oportunidade de se juntarem a outras equipes. Felipe Silva, por outro lado, não está confiante de que uma situação semelhante poderá acontecer em Israel.

 

Matéria por Guilherme Caldeira (Lorena – R7)

Foto destaque: Homem corre após explosão na Faixa de Gaza, em Israel. Reprodução/Reuters/GE

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