Ministério Público investiga casos de racismo contra jogador Rodrygo

Alice Accioly Por Alice Accioly
2 min de leitura

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu, nesta quarta-feira (3), um documento entregue pelo Observatório da Discriminação Racial do Futebol referente a perfis de pessoas que cometeram racismo contra o jogador Rodrygo em setembro de 2023. O relatório foi realizado em parceria com o próprio jogador e busca responsabilizar os autores do crime.

Ofensas a Rodrygo 

O atacante do Real Madrid sofreu várias ofensas racistas em setembro do passado, após uma briga com Messi durante jogo de eliminatórias da Copa do Mundo. O jogador recebeu muitos xingamentos preconceituosos na rede social X (antigo Twitter) e chegou a se manifestar contra o racismo, escrevendo em sua conta oficial no Instagram que a luta não vai acabar. “Os racistas estão sempre de plantão. Minhas redes sociais foram invadidas com ofensas e todo tipo de absurdo. Está aí pra todo mundo ver! Se não fazemos o que eles querem, se não nos comportamos como eles acham que devemos, se vestimos algo que os incomoda, se não baixamos a cabeça quando somos atacados, se ocupamos espaços que eles acham que são só deles, os racistas entram em ação com o seu comportamento criminoso. Azar o deles. Nós não vamos parar!”, desabafou.



União com o Observatório da Discriminação Racial do Futebol

Rodrygo se uniu com o site Observatório da Discriminação Racial do Futebol para mapear os perfis dos autores das ofensas racistas no X. O relatório entregue ao MP-RJ sinalizou 107 usuários que possuem identificação e não se escondem atrás de perfis falsos.

A procuradora Patrícia Leite Carvão, da Coordenadoria-Geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana do MP-RJ foi quem recebeu o relatório e deu continuidade à investigação contra os apontados pelo documento. De acordo com ela, mesmo que grande parte dos autores das ofensas serem argentinos, eles podem ser responsabilizados pelo crime de injúria racial.

Foto destaque: jogador Rodrygo (reprodução/Nelson Almeida/AFP) 

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