Tite anunciou nessa segunda (7) a lista de convocados da seleção brasileira para a Copa do Mundo. O grupo conta com alguns jogadores que disputaram a última edição da competição, mas também conta com alguns novatos como Gabriel Martinelli, que estava iniciando sua trajetória no Ituano. Acompanhe a trajetória de cada um:
Alisson: Em 2018 o goleiro atuava na Roma, dois anos após desembarcar na Europa, vivia grande momento no clube italiano, fato que o credenciou para ser titular não só nas Eliminatórias, como também na Copa da Rússia. Chegou no Mundial como um dos jogadores mais cobiçados na janela de transferências, o que se concretizou com sua transferência para o Liverpool logo após a última Copa, empilhou taças. Venceu Liga dos Campeões, Campeonato Inglês, Copa da Liga Inglesa, Copa da Inglaterra, Supercopa da Uefa, Supercopa da Inglaterra e Mundial de Clubes. Além de conquistar a Copa América de 2019 com a seleção.
Alisson comemora a classificação do Liverpool (Reprodução/Instagram).
Ederson: Reserva da seleção brasileira na Rússia, o goleiro já esbanjava bastante prestígio internacional. Vendido pelo Benfica ao Manchester City em 2017, logo na primeira temporada, se firmou como titular da equipe de Pep Guardiola e conquistou os títulos do Campeonato Inglês, da Copa da Liga Inglesa e da Supercopa da Inglaterra. Em 2022, Ederson segue como titular meta do clube inglês e aumentou a galeria de títulos, com mais três Campeonatos Ingleses e três Copas da Liga Inglesa. É frequentemente elogiado por Tite, membros da comissão técnica brasileira e por Pep Guardiola pela sua qualidade para jogar com os pés.
Ederson com a Luva de Ouro da Premier League (Reprodução/Instagram)
Weverton: Após seis anos no Athletico-PR, o goleiro foi contratado pelo Palmeiras no fim de 2017. Até a Copa da Rússia, ele era reserva de Fernando Prass e estava fora de cogitação na Seleção. Assumiu a titularidade do clube logo após o Mundial e, desde então, tornou-se um ídolo alviverde. Confirmou recentemente o bicampeonato brasileiro, além de já ter conquistado duas Libertadores, uma Copa do Brasil, dois Paulistas e uma Recopa Sul-Americana, além dos títulos pelo clube, Weverton foi goleiro titular na seleção Olímpica de 2016, sendo responsável direto na conquista do ouro inédito para o Brasil, defendendo o último pênalti da Alemanha na final.
Weverton com as taças da Libertadores (Reprodução/Instagram)
Daniel Alves: Daniel já era um dos líderes da seleção brasileira, sendo o capitão em amistosos de maior peso naquele ciclo, como contra Inglaterra e Alemanha. Na época o lateral atuava no Paris Saint-Germain, onde sofreu uma lesão no joelho direito, deixando fora da Copa do Mundo da Rússia. Hoje com 39 anos, Daniel foi a escolha mais discutida na lista para o Catar. Ele vem de uma temporada apagada no Pumas, do México, com apenas 12 jogos disputados e muitas críticas. Com o fim do calendário da equipe, o jogador foi trabalhar no Barcelona B para se manter em. Ele agora será o atleta mais velho a representar o Brasil em uma Copa do Mundo.
Daniel Alves atuando pelo Pumas (Reprodução/Instagram)
Danilo: Chegou ao Manchester City em 2017, após passagem pelo Real Madrid, alternou momentos no time titular e na reserva, conseguiu destaque pela versatilidade, atuou como lateral-direito, lateral-esquerdo e até volante. Chegou à Copa do Mundo como titular, mas se lesionou após o primeiro jogo e não conseguiu atuar mais, sendo substituído por Fagner. Atualmente defende a camisa da Juventus, está desde 2019 na Velha Senhora e, aos 31 anos, segue atuando em diferentes posições, inclusive como zagueiro. Conquistou um Campeonato Italiano, uma Copa da Itália e uma Supercopa Italiana. Após a Copa América de 2019, superou a concorrência de Daniel Alves e se firmou como titular da seleção.
Danilo durante partida do campeonato italiano (Reprodução/Instagram)
Alex Sandro: Atuando pela Juventus, apareceu em algumas convocações de Tite e alimentava a esperança de ir para a Copa do Mundo da Rússia, mas acabou perdendo a disputa com Filipe Luis, que ficou na reserva de Marcelo. Ganhou seu espaço na seleção nesse ciclo de Copa, foi titular na semi e na final da Copa América de 2019, foi o lateral-esquerdo que mais atuou nas Eliminatórias. Atualmente com 31 anos, segue prestigiado e jogando com frequência na Juventus.
Alex Sandro em ação pela Juventus em partida do campeonato italiano (Reprodução/Instagram)
Alex Telles: No ano do último Mundial, Alex Telles atuava pelo Porto, equipe que o contratou na temporada 2016/2017. Sua primeira convocação aconteceu apenas em 2019. Telles deixou o Porto em 2020 se transferindo para o Manchester United, e em agosto deste ano acertou com o Sevilla, da Espanha.
Alex Telles atuando pelo Sevilla (Reprodução/Instagram)
Éder Militão: Em maio de 2017, estreou como profissional do São Paulo, clube no qual chegou aos 13 anos. Atuou em diferentes posições, como zagueiro, volante, meia e, principalmente, lateral-direito. Em 2018 foi vendido para o Porto, por 4 milhões de euros, cerca de R$ 17 milhões na cotação da época. Adquirido pelo Real Madrid em 2019 por 50 milhões de euros, aproximadamente R$ 215 milhões na época, foi aos poucos conquistando espaço, até se tornar titular absoluto na última temporada, na qual conquistou a Liga dos Campeões e o Campeonato Espanhol.
Éder Militão com a taça da Champions League (Reprodução/Instagram)
Marquinhos: Em 2018 atuava no Paris Saint-Germain, era titular e tinha quatro títulos do Campeonato Francês no currículo, além da medalha de ouro na Olimpíada de 2016. Porém, foi reserva na Copa da Rússia e disputou apenas cinco minutos da competição, nas oitavas de final, contra o México. Ainda atuando no clube francês, ampliou a coleção de títulos, se tornou capitão da equipe e foi o jogador mais utilizado pela seleção nesse ciclo de Copa.
Marquinhos atuando pelo PSG (Reprodução/Instagram)
Thiago Silva: Zagueiro que também atuava no Paris Saint-Germain, recuperou seu espaço na seleção com o comando de Tite, antes, com Dunga, ele não vinha sendo convocado. Na reta final da preparação para a Copa da Rússia, ganhou a titularidade da zaga, ao lado de Miranda. Trocou o PSG pelo Chelsea em 2020 e, em sua primeira temporada pelo clube inglês, conquistou a sonhada Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes. Chega ao Catar com 38 anos, sendo peça fundamental da Seleção.
Thiago Silva acenando para a torcida do Chelsea (Reprodução/Instagram)
Bremer: Começando sua carreira no Atlético-MG sendo promovido ao profissional em 2017, foi vendido durante a pausa para a Copa de 2018 ao Torino, por 5,8 milhões de euros. O jogador tinha 21 anos de idade na época. Eleito o melhor zagueiro do último Campeonato Italiano, Bremer passou a ser bastante procurado no mercado europeu e acabou contratado pela Juventus, em julho, por 40 milhões de euros, R$ 220,7 milhões na cotação da época. Ele entrou na vitória brasileira sobre Gana, no dia 23 de setembro, no penúltimo amistoso da seleção brasileira antes da Copa do Mundo, foi elogiado logo em sua primeira convocação e conquistou uma vaga no Catar.
Bremer pela Juventus no campeonato italiano (Reprodução/Instagram)
Casemiro: Atuando pelo Real Madrid, na última Copa o jogador chegou com três Ligas dos Campeões conquistadas e mantendo o status de um dos melhores volantes do mundo. No meio desse ano, pôs fim a uma era gloriosa no clube merengue, onde conquistou 18 títulos. Aos 30 anos, se transferiu para o Manchester United, da Inglaterra.
Casemiro atuando pelo Manchester United (Reprodução/Instagram)
Fabinho: Fez parte dos grupos que disputaram as Copas Américas de 2015 e 2016, mas não foi convocado para a Copa da Rússia. O volante tinha grande destaque no Monaco, clube no qual disputou 225 jogos entre 2013 e 2018. Mas a grande ascensão do jogador viria no Liverpool, que o contratou um mês antes do Mundial de 2018 por cerca de R$ 216 milhões na cotação da época. Virou peça importante na equipe Jürgen Klopp e empilhou taças, Liga dos Campeões, Supercopa da Uefa, Campeonato Inglês, Copa da Liga Inglesa, além de Copa e Supercopa da Inglaterra. Na Seleção, foi chamado para os primeiros amistosos depois do Mundial da Rússia e depois esteve em mais 16 listas de Tite, sendo o reserva imediato de Casemiro.
Fabinho e Bissouma em disputa de bola (Reprodução/Instagram)
Fred: Passou cinco anos atuando no Shakhtar Donetsk, onde conquistou 10 títulos, antes de ser vendido ao Manchester United às vésperas da Copa. A transferência foi fechada em 55 milhões de euros, cerca de R$ 240 milhões na cotação da época. No Mundial da Rússia não entrou em campo. Ele sofreu uma entorse no tornozelo direito em treino da Seleção durante a preparação para o torneio e viu todos os jogos do banco de reservas. Seguiu nas listas de Tite no ciclo da Copa do Mundo do Catar e, mesmo sem ser titular absoluto no Manchester United, é candidato a começar jogando o Mundial.
Fred comemorando gol pelo Manchester United (Reprodução/Instagram)
Bruno Guimarães: Revelado pelo Audax, de São Paulo, foi contratado por empréstimo pelo Athletico-PR em 2017, quando tinha 19 anos. Em 2018 se firmou como titular da equipe e peça importante na conquista do Campeonato Paranaense e da Copa Sul-Americana. Na época o jogador não frequentava sequer as seleções de base, mas muita coisa aconteceu na vida de Bruno Guimarães nesse ciclo de Copa. Em 2019, ele passou a frequentar a seleção olímpica e, em 2021, foi um dos pilares da equipe que conquistou o ouro olímpico em Tóquio. Antes disso, venceu a Copa do Brasil pelo Athletico. Vendido ao Lyon, por R$ 93 milhões no início de 2020, as boas atuações pelo clube francês o levaram para a seleção principal e despertaram interesse do novo milionário Newcastle, da Inglaterra, que pagou cerca de R$ 312 milhões para comprá-lo no começo deste ano.
Bruno Guimarães em partido pelo New Castle (Reprodução/Instagram)
Lucas Paquetá: Na base do Flamengo desde os oito anos de idade, Paquetá foi promovido para o elenco profissional em 2016. Em 2018 foi o ano que ele mais atuou, tendo bom início de temporada, que o credenciou para estar na lista de 12 suplentes da Seleção para Copa do Mundo da Rússia, aos 20 anos. O meia foi convocado por Tite logo depois da Copa da Rússia e, pouco a pouco, foi ganhando terreno até se tornar um dos titulares da Seleção. Comprado pelo Milan em 2019, por 35 milhões de euros, ele não conquistou destaque no clube italiano e, no ano seguinte, se transferiu para o Lyon. No clube francês Paquetá cresceu de produção, se tornando peça fundamental para o time, chegou até a assumir a camisa 10. Em agosto desse ano, foi vendido ao West Ham, da Inglaterra, por 60 milhões de euros.
Lucas Paquetá sendo apresentado pelo West Ham (Reprodução/Instagram)
Éverton Ribeiro: Atuando pelo Flamengo, em 2018 foi o ano em que se firmou como um dos destaques do clube carioca, após a passagem pelos Emirados Árabes. O período entre a Copa da Rússia e Catar serviu para consolidar o meia como um dos grandes na história rubro-negra. Com 11 títulos conquistados, ele teve um início de ano sem tanto brilho, mas foi convocado por Tite para os amistosos contra Gana e Tunísia, e as atuações nos títulos da Libertadores e Copa do Brasil credenciaram sua vaga na disputa da Copa do Mundo, a primeira da sua carreira.
Éverton Ribeiro campeão da Libertadores pelo Flamengo (Reprodução/Instagram)
Antony: Na última Copa do Mundo, Antony nem sequer tinha estreado como jogador profissional. Visto como um prodígio nas categorias de base do São Paulo, foi promovido em setembro daquele ano e atuou pela primeira vez em novembro. Retornou para a categoria de base em 2019 e disputou a Copa São Paulo de Juniores. Com uma ascensão meteórica nos últimos anos, foi comprado em 2020 pelo Ajax, sendo um dos destaques da última janela de transferências, quando foi adquirido pelo Manchester United por cerca de 100 milhões de euros. Em paralelo, o bom desempenho de Antony pela seleção olímpica na conquista do ouro no Japão, em 2021, o credenciou para estar no grupo de Tite e, rapidamente, o atacante brilhou com a amarelinha.
Antony em partida da Premier League (Reprodução/Instagram)
Gabriel Jesus: Camisa 9 do Brasil em sua primeira Copa, aos 21 anos, atacante não conseguiu balançar as redes na Rússia e foi bastante questionado. Na época, ele estava em sua segunda temporada pelo Manchester City. No meio do ano, trocou de clube, o destino escolhido foi o Arsenal, que pagou 45 milhões de libras para tê-lo. Jesus começou muito bem no clube londrino, com cinco gols e seis assistências em 18 jogos. Chega à sua segunda Copa enfrentando forte concorrência no ataque da seleção.
Gabriel Jesus comemorando gol pelo Arsenal (Reprodução/Instagram)
Neymar: Em 2018 estava em sua primeira temporada pelo Paris Saint-Germain, na qual fez 28 gols e deu 16 assistências ao longo de 30 partidas, conquistando três títulos na França. Porém, chegou à Copa readquirindo ritmo de jogo após três meses parado por conta de uma lesão no quinto metatarso do pé direito. Às vésperas de sua terceira Copa do Mundo, Neymar vive uma excelente fase pelo clube francês e chega sob muitos elogios de Tite.
Neymar e Messi pelo PSG (Reprodução/Instagram)
Richarlison: Com boas passagens por América-MG e Fluminense, em 2018 o atacante vinha de sua primeira temporada na Europa, pelo modesto Watford, da Inglaterra. Dias após a final da Copa da Rússia, o jogador foi anunciado como jogador do Everton ao custo de 12,5 milhões de euros. Presente na primeira convocação de Tite após a Copa do Mundo, Richarlison rapidamente se firmou no grupo e se tornou o vice-artilheiro da Seleção nesse ciclo de Copa, com 17 gols, um a menos do que Neymar. Ganhou moral com a conquista do ouro olímpico no Japão, cresceu no Everton e, no meio desse ano, foi vendido ao Tottenham.
Richarlison na comemoração de um gol (Reprodução/Instagram)
Vinícius Júnior: 2018 foi o ano em que o atacante completou 18 anos e se despediu do Flamengo em alta para iniciar sua trajetória no Real Madrid. Vendido por 45 milhões de euros, Vinicius Júnior venceu naquele ano seu primeiro título pelo clube espanhol, o Mundial. Em 2022 vive seu auge, aos 22 anos, marcou o gol do título do Real Madrid na última Liga dos Campeões, em cima do Liverpool. Também campeão espanhol, na última temporada fez 52 jogos, com 22 gols e 20 assistências. Diante deste bom desempenho, tornou-se um dos grandes nomes da seleção para a Copa no Catar.
Vinícius Júnior pelo Real Madrid (Reprodução/Instagram)
Rodrygo: Promessa do Santos, o atacante foi vendido para o Real Madrid em 2018, e seguiria para o clube após completar 18 anos de idade, no ano seguinte. A equipe merengue pagou 45 milhões de euros pelo atleta. Assim como Vini Júnior, Rodrygo também teve participação decisiva no último título da Champions do Real, ao fazer dois gols na eletrizante semifinal contra o Manchester City, nos minutos finais do tempo regulamentar.
Rodrygo em ação pelo Real Madrid (Reprodução/Instagram)
Gabriel Martinelli: Em 2018 foi a temporada do início da carreira de Martinelli como jogador profissional. Ainda alternando entre o time sub-20 e principal, fez sua estreia pelo Ituano, no Campeonato Paulista. Na época, o clube do interior era gerido por Juninho Paulista, atualmente coordenador de seleções da CBF. Vendido ao Arsenal em 2019 por seis milhões de libras, ele ganhou espaço no clube inglês. Na atual edição da Premier League, é o artilheiro do seu time com cinco gols, ao lado de Gabriel Jesus. Tite o definiu como um ponta agressivo ao explicar sua convocação.
Gabriel Martinelli comemorando um gol pelo Arsenal (Reprodução/Instagram)
Raphinha: Depois de se destacar pelo Vitória de Guimarães, de Portugal, Raphinha foi vendido em maio de 2018 para o Sporting. Raphinha passou pelo Rennes, da França, mas ganhou grande destaque no Leeds, da Inglaterra, levando o jogador até a seleção, quase como um desconhecido do grande público rapidamente tornou-se relevante no esquema de Tite. Raphinha foi contratado no meio deste ano pelo Barcelona.
Raphinha em comemoração do seu gol (Reprodução/Instagram)
Pedro: Eleito em 2018 a revelação do Brasileirão daquele ano, com 10 gols em 19 jogos. Era o artilheiro do campeonato até machucar o joelho em agosto e precisar operar. Seu desempenho rendeu, então aos 21 anos, a primeira convocação de Tite, mas ele precisou ser cortado diante da lesão. Antes reserva, Pedro chegou a cogitar deixar o Flamengo, mas a partir da chegada de Dorival Júnior tornou-se protagonista. Autor de 29 gols na temporada, foi peça-chave nos títulos da Libertadores e Copa do Brasil neste ano. O bom desempenho no time carioca já chamava a atenção de Tite, e ele ainda marcou na chance que teve, no amistoso contra a Tunísia.
Pedro comemorando a conquista da Libertadores com o Flamengo (Reprodução/Instagram)
A Copa do Mundo 2022 será disputada de 20 de novembro a 18 de dezembro. A Seleção estreará no dia 24, contra a Sérvia. Os outros dois times do Grupo G são Suíça e Camarões.
Foto Destaque: Jogadores da seleção brasileira comemorando
