Procuradoria do TJD-RJ denunciará Fluminense por suposto caso de racismo contra Gabigol, do Flamengo

Felipe Sales Por Felipe Sales
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O Tricolor será enquadrado em artigo que prevê perda de pontos.  A Procuradoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJD-RJ) irá denunciar o Fluminense pelo suposto episódio de racismo contra Gabi, atacante do Flamengo, no Fla-Flu que aconteceu dia 6 de fevereiro no Estádio Nilton Santos.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>É impressão minha ou chamaram o <a href=”https://twitter.com/gabigol?ref_src=twsrc%5Etfw”>@gabigol</a> de “Macaco”? Caso seja isso mesmo, haverá consequências maiores ou só passada de pano com notinha do Fluminense pedindo desculpas? <a href=”https://t.co/rOp2WKv8Xj”>pic.twitter.com/rOp2WKv8Xj</a></p>&mdash; Antonio Tabet (@antoniotabet) <a href=”https://twitter.com/antoniotabet/status/1490422574936993799?ref_src=twsrc%5Etfw”>February 6, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>


A denúncia será realizada com base e prova de imagem utilizando o vídeo feito pelo Canal s1 Live. Onde, na imagem, Gabigol desce as escadarias do estádio para o vestiário e é hostilizado por torcedores do Fluminense. Antônio Tabet, ex-dirigente do Flamengo e comediante, escreveu em seu perfil em uma rede social que teve a impressão de ter ouvido um grito de “macaco”. O atacante rubro-negro se manifestou nas redes sociais: “Até quando isso vai acontecer sem punição?”.

O procurador André Valentim enquadrou o Flu no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), onde fala em um trecho sobre “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. O julgamento ainda será marcado.

Este artigo prevê como pena uma multa de R$ 100 entre R$ 1 mil para o clube, além da perda de três pontos “caso a infração seja praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva”. O procurador também entrou com um pedido de medida cautelar para a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) não levar o troféu da Taça Guanabara para o jogo do Fluminense no sábado e que não seja entregue ao Tricolor até a homologação do resultado do Fla-Flu.

O inquérito aberto pela presidente do TJD-RJ, Renata Mansur, para apurar o episódio, ainda não foi concluído, mas a denúncia da Procuradoria já garante a realização do julgamento. O Flamengo encomendou um laudo que confirmou os gritos racistas contra Gabriel Barbosa após análise que afirma que a gravação apresentada é autêntica e sem edição. Já o Fluminense contratou uma perícia com o objetivo de identificar o possível autor dos gritos, e a conclusão foi que não é possível afirmar que a ofensa racista foi proferida ou identificar o autor da fala.

 

Foto destaque: Gabigol comemorando gol com gesto de protesto antiracista. Reprodução/Paula Reis-Flamengo.

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