Ser rebaixado é um grande problema para qualquer clube de futebol, a competitividade, atração, nível técnico dos jogadores e principalmente a receita, diminui consideravelmente da Série A pra Série B do campeonato brasileiro, além do prejuízo técnico e esportivo causado pelo rebaixamento, a questão financeira é talvez problema para o Sport nesse fim de ano.
Em Agosto, o Sport lutava contra o rebaixamento e as dívidas com os jogadores, à época, o valor era de 8 milhões de reais, além da filha salarial do elenco, que custava aos cofres do leão cerca de 3 milhões por mês. Naquele mês o vice-presidente do clube, Nelo Campos, anunciou a suspensão do pagamento de 30% dos salários até o fim do ano, o plano da diretoria contava com o valor à receber de premiação do campeonato brasileiro.
“Os 30% serão pagos com o dinheiro da premiação. Se não houver premiação, vai ter que ser pago de toda forma. Eles estão cientes disso. Estão cientes e confiantes de que vão receber” Explicou Nelo Campos.
Entretanto, a premiação é distribuída apenas entre os 16 primeiros colocados do campeonato, as equipes rebaixadas não recebem valor nenhum, e agora, a diretoria do rubro-negro precisa realizar uma nova engenharia financeira para realizar o pagamento dos atletas.
O treinador Gustavo Florentín, permanecerá no Sport (Foto: Reprodução Globo Esporte/Anderson Stevens)
O valor da premiação para o 16º colocado, primeiro fora da zona de rebaixamento, é de 11 milhões de reais, para a próxima temporada, o leão também sofrerá uma queda de receita relacionada à televisão. Na série A o Sport recebia cerca de R$ 40 milhões, na série B, a cota fixa é de R$ 8 milhões, ainda há a opção de receber pelo pay-per-view, opção escolhida por Vasco, Cruzeiro e Botafogo na Série B de 2021, mas dificilmente o Leão optará por esse modelo, já que em 2019, na última série B do clube, o modelo escolhido foi o de cota fixa.
Para o vice-presidente de futebol do Sport, Augusto Carreras, a principal fonte de receita para o clube ano que vem será a torcida e o plano de sócio torcedor: “O clube sabe que a gente precisa incrementar as receitas. O sócio rubro-negro será o nosso principal patrocinador. A gente faz um apelo para que o sócio coloque a anuidade em dia, para que a gente possa ter um incremento de receita também do associado. O maior patrocinador do Sport é sua torcida.”
Apesar do cenário de terra arrasada, o clube firmou patrocínio até 2024 com a Bitci, caso o valor pago pela empresa não seja reduzido em caso de rebaixamento, é um bom ponto de partida para o Sport. Outro fator fundamental é a torcida no estádio, de volta desde Setembro, nas últimas rodadas o clube podia receber 50% de público nos jogos em casa, se esse número aumentar e o rubro-negro conseguir atrair o torcedor à Ilha do Retiro, a receita de bilheteria pode ter grande papel na recuperação do clube.
Foto Destaque: Augusto Carreras, vice presidente de futebol do Sport. Créditos: Reprodução/Twitter/Sportrecife