Desde a destituição de Ednaldo Rodrigues como presidente da CBF, novos possíveis candidatos ao cargo têm surgido, e entre eles, um nome parece ganhar força: o atual presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos. Atualmente, ele busca angariar aliados para oficializar sua candidatura.
Reinaldo conta com vantagem entre os clubes
O presidente da federação paulista possui uma vantagem significativa, pois está próximo de dois importantes grupos de dirigentes, e busca utilizar isso a seu favor na busca por votos. Ele procura apoiar-se em sua proximidade com os presidentes de clubes de São Paulo, todos membros da Libra, e também nos presidentes de clubes que fazem parte do grupo Forte Futebol. Este último tem mostrado inclinação ao voto em bloco em favor da candidatura de Reinaldo.
No entanto, vale ressaltar que no atual sistema de votação da CBF, os clubes têm uma participação menor, enquanto as federações estaduais detêm o peso mais significativo, com peso três. Os membros da Série A possuem peso dois, e os times da Série B têm peso um. Isso resulta em um total de 60 votos para os 40 clubes, enquanto as 27 federações somam 81 votos.
De acordo com as regras vigentes, para validar uma candidatura à presidência da CBF, o candidato deve contar com o apoio declarado de, pelo menos, 5 clubes e 8 federações estaduais. Quanto aos clubes, Reinaldo já possui apoio suficiente, focando agora em garantir o apoio das federações, onde necessita de pelo menos 8 aliados para consolidar sua candidatura.
Este cenário ocorre em meio à recente nomeação de José Perdiz como interventor pela CBF, após a destituição do antigo presidente. Como interventor, Perdiz tem a obrigação de convocar novas eleições em um prazo de até 30 dias.
FIFA e Conmebol não reconhecem Perdiz
Destituição de Ednaldo Rodrigues como presidente da CBF ocorreu recentemente (Foto: reprodução/X/@CBF_Futebol)
Em meio a esse caos atualmente na CBF, tanto a FIFA quanto a Conmebol enviaram uma carta em que dizem não reconhecer Perdiz. Nessa mesma carta, as entidades citam o artigo 64 da própria CBF como justificativa: “no caso de vacância nas posições da presidência, a única pessoa autorizada a representar a CBF e assumir as tarefas de presidente interino é o diretor mais velho”. Tanto a FIFA como a Conmebol já afirmaram que enviarão comitivas ao Brasil e que nenhuma eleição deve ocorrer antes disso.
Foto destaque: Reinaldo em reunião com presidente de alguns clubes paulistas (Reprodução/X/FPF_Oficial)
