Relação entre Haas e Ferrari chama atenção de equipes rivais

Mauricio Campelo Por Mauricio Campelo
4 min de leitura

Desde a entrada da Haas na Formula 1 em 2016, existia a informação de que a Ferrari prestaria consultoria à escuderia estadunidense em alguns pontos, além da venda de componentes de veículos de outras temporadas, mas após recentes casos de carros  “copiados” sob o discurso de parceria, como aconteceu com a Racing Point quando em 2020 apresentou um carro muito similar à Mercedes da temporada anterior.

O salto do último lugar para o atual sétimo lugar e o ritmo surpreendente apresentado durante o início do campeonato, chamou atenção das equipes rivais como McLaren, Alpine e até mesmo Mercedes.  

A Haas é uma equipe pequena que saltou do último para o terceiro lugar durante o inverno. É uma surpresa. Mas estou convencido de que a FIA investigará e chegará às conclusões corretas sobre o quão semelhantes esses dois carros são. As regras são bem claras. A dificuldade é o policiamento. Se isso é impossível, então devemos mudar as regras para que o jogo seja equilibrado” Opinou Otmar Szafnauer, chefe de equipe da Alpine.


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Além de consultoria e venda de peças de carros antigos, houve a transferência de 35 funcionários da Ferrari para a Haas, além de que a equipe norte-americana utilizou o túnel de vento da escuderia italiana, o que desagradou Toto Wolff, chefe da Mercedes.

A transferência de pessoal entre duas equipes e a proximidade física da infraestrutura criam discórdias que não são boas para o nosso esporte. A Aston Martin, por exemplo, usa o túnel de vento que tínhamos há dois anos. Ouvimos uma tempestade de besteira sobre isso, mas lidamos com maior diligência. Só que daqui para frente precisamos discutir isso, porque nenhuma das equipes deve ser capaz de cooperar da maneira que estamos vendo hoje com outros times.” Apontou Wolff

O chefe da Haas, Gunter Steiner, afirmou que a parceria entre as equipes não sofreu nenhuma mudança: “Sempre tivemos um bom relacionamento. A relação também é regulada pelas regras da FIA. Não podemos fazer mais só porque estamos em Maranello. Havia escritórios disponíveis por causa do teto orçamentário, e aproveitamos também as cerca de 30 a 35 pessoas da Ferrari que se juntaram a nós. Mas a colaboração é praticamente a mesma coisa.

Simone Resta, ex-Ferrari, foi o responsável pelo desenvolvimento do chassi do VF-22 e explicou o salto de desempenho: “Tentamos maximizar todas as oportunidades com a Ferrari. Somos a menor equipe do grid, então, para nós, é importante tentar aproveitar essas oportunidades. Estamos tentando agregar tudo o que é possível dentro do regulamento. Não desenvolver o carro de 2021 nos deu mais tempo e espaço para nos concentrarmos totalmente no carro de 2022. Isso foi uma vantagem para nós.” Justificou.

Na temporada de 2020 a Haas marcou apenas três pontos, no último campeonato, não chegou perto dos pontos, era sempre a pior equipe do grid, o melhor resultado foi o 12º lugar no GP da Hungria, mas apenas treze carros completaram aquela corrida. A próxima corrida da temporada de 2022 da Fórmula 1 será o GP da Emilia-Romagna, a prova acontecerá no Domingo às 10 da manhã.

Foto Destaque: Os dois carros da Haas durante o fim de semana do GP da Austrália. Créditos: Reprodução/Twitter/Haas

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