Nesta quarta-feira (7), o Palmeiras conquistou o seu 12º título do Campeonato Brasileiro, depois de empatar com o Cruzeiro na rodada final, no Mineirão. A competição, que rendeu a nona taça em três anos de trabalho de Abel, teve momentos marcantes.
A eliminação da Libertadores e cobrança de Abel
O Botafogo arrancou no primeiro turno e desde o início da competição, Abel Ferreira dizia que o Botafogo tinha tudo para termina campeão. O foco do Palmeiras estava na conquista do tetracampeonato da Conmebol Libertadores.
A saída para o Boca Juniors, na semifinal foi bastante difícil para o time, que emendou quatro derrotas seguidos no Campeonato Brasileirão.
A eliminação na competição parecia significar um fim de ano sombrio para o time. Essa foi a pior fase do Abel em três anos de trabalho, ele chegou a conversar com os jogadores: “tivemos a 14 pontos, ou 13 (do Botafogo). Disse a eles que, se largassem, eu seria o primeiro a largar. Se eu sentisse que eles largassem (o campeonato), eu largaria. E disse: temos uma oportunidade de sair daqui, eu como melhor treinador e vocês como melhores jogadores. São estes momentos que podem nos fazer crescer e retornar ainda melhores, e acho que eles entenderam o que quis dizer”.
Após a conversa, o Palmeiras conseguiu nove vitórias, um empate e uma derrota no Campeonato Brasileiro e arrancou para terminar com o título.
Gustavo Gómez perde pênalti contra o Boca Juniores. Foto: reprodução/Marcos Ribolli
Goleada no Choque-Rei
Eliminado da Libertadores e sem resultados bons, Abel resolveu mudar o time. Tirou alguns titulares como Rony e Artur, implementou o esquema com três zagueiros e apostou em Breno Lopes e Endrick como a dupla de ataque.
O primeiro jogo em que essa ideia foi mostrada foi contra o Coritiba, com uma vitória por 2 a 0. Foi a partida seguinte a esta que deu esperança de ainda conseguir brigar pelo título: o clássico contra o São Paulo.
Eliminado pelo rival na Copa do Brasil, o Palmeiras fez 5 a 0 no Allianz, igualando sua maior goleada na história do Choque-Rei.
Partida contra o Botafogo
Com três vitórias seguidas, o Palmeiras tinha uma disputa importante na 31ª rodada, e era contra o líder Botafogo, no Engenhão. Seis pontos separavam os times, e para se colocar de fato na briga pelo título, o Verdão precisava ganhar.
Porém, o que se viu no início da partida, foi uma equipe desorganizada, que levou três gols do Botafogo sem dificuldade. No início do segundo tempo, Endrick conseguiu descontar, mas o time carioca teve a chance de acabar com o jogo aos 38 minutos do segundo tempo, onde já estava com um jogador a menos.
Tiquinho Soares sofreu pênalti, bateu forte no canto esquerdo, e Weverton pegou, fazendo a defesa mais importante do campeonato.
Um minuto depois, Endrick fez 3 a 2, López empatou aos 43 minutos e no último lance Murilo conseguiu balançar as redes, dando a vitória mais épica do campeão Palmeiras neste Brasileirão.
A liderança
O time paulista começou a recuperação na 28ª rodado, quando estava a 12 pontos de distância do Botafogo. A equipe foi conquistando pontos importantes até assumir a liderança provisória ao ganhar do Internacional por 3 a 0, na 34ª rodada. A partir do momento em que o Palmeiras foi para o primeiro lugar, nunca mais foi ultrapassado.
A goleada sobre o América-MG por 4 a 0, aliada a tropeços de Flamengo e Botafogo, até então os adversários mais próximos, deu uma folga ao Palmeiras na tabela. E a vitória sobre o Fluminense por 1 a 0, no último domingo, deixou a equipe praticamente campeão, com 99,92% de chances de título.
Só foi preciso entrar em campo no Mineirão, contra o Cruzeiro para concretizar a conquista. O maior campeão do Brasileirão terminou com um dos títulos mais épicos da história da competição.
Foto destaque: jogadores do Palmeiras comemorando o título. Reprodução/Instagram/@palmeiras