Rogerio Ceni comenta derrota para o Corinthians e explica ausência de Galoppo

Tiago Antunes Por Tiago Antunes
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Rogério Ceni analisou a derrota diante o Corinthians por 2 a 1 no ultimo domingo (29) pelo Campeonato Paulista. O treinador do São Paulo acredita que, mesmo com o tropeço, viu coisas boas na atuação do Tricolor, especialmente no segundo tempo, quando o time esboçou uma reação e quase chegou ao empate.

Na coletiva após o jogo, Ceni comentou a decisão de deixar Luciano no banco de reservas e falou sobre os dois tempos distintos do São Paulo na partida. O atacante entrou no segundo tempo e mudou o jogo para o Tricolor, fazendo um gol e ficando bem perto de anotar o do empate, nos acréscimos do clássico.

O Luciano vinha de quatro jogos consecutivos. Assim como o Calleri ficou fora de um, o Nestor fora de outro, o Méndez de outro… Hoje fizemos essa rotação, queria testar dois volantes de mais pegada no meio, com o Pablo saindo mais e o Méndez ficando, e o Nestor adiantado, tendo mais força de marcação. Infelizmente falhamos em duas bolas no primeiro tempo. Eles tiveram três oportunidades o jogo todo, erramos nessas duas, e aí tivemos que arriscar” – disse Ceni.

Voltamos com um meio de campo com o Nestor mais recuado e o Luciano na frente, além da entrada do Caio, mais ofensivo, já que estava 2 a 0. Acho que fizemos um bom jogo, principalmente o segundo tempo. Controlamos o jogo, tivemos boas oportunidades de gol. O adversário foi mais assertivo, teve seus méritos, nós tivemos uma leitura errada nas jogadas. Serve de aprendizado, teremos chances de encontrar o Corinthians mais pra frente. O resultado é muito ruim, não tenha dúvidas. 50 mil e poucas pessoas aqui e você perder um clássico é sempre ruim. Mas, vislumbrando o futuro, o jogo que fizemos, dá pra tirar coisas boas, pode ser positivo” – analisou o técnico.


Rogério Ceni na partida contra o Corinthians (Imagem : reprodução/Marcos Ribolli)


Rogério explicou a ausência de Giuliano Galoppo. O argentino, que marcou três gols na temporada, ficou de fora do 23 relacionados devido o limites de estrangeiros. Apenas cinco podem ser relaconados para as partidas, enquanto o São Paulo conta com oito estrangeiros no elenco.

O Galoppo não joga de lateral-direito. O Méndez é volante, o Calleri é 9, dos três zagueiros do elenco, dois são estrangeiros. Como o Galoppo não joga de lateral, eu prefiro colocar um lateral de origem (Orejuela). Por isso ele ficou fora, assim como o Neves. Dois jogadores que, dentro das possibilidades que temos, essa é a realidade. Claro que é triste deixar eles fora, entre os 23 eles sem dúvidas estariam. Mas aí não tem o que fazer” – comentou o treinador do São Paulo.

Talvez seja um erro nosso até, de planejamento, em ter jogadores que não podemos utilizar. Para usar o Galoppo, tenho que tirar um desses jogadores, mas não tenho lateral-direito (Igor Vinicius e Rafinha estão machucados). Essa é a realidade do momento. O Méndez, na minha opinião, foi bem na função. O Calleri é o 9. Nem se eu quisesse deixar um zagueiro fora, eu não posso, porque só tenho três… Não é que a gente não queira levar o atleta”.

O Tricolor tem oito pontos no estadual e lidera o Grupo B após cinco rodadas, com duas vitórias, dois empates e uma derrota. O proximo jogo será contra o Santo André no domingo, às 16h,no estádio Bruno Jose Daniel, no ABC paulista, pela sexta rodada do Campeonato Paulista.

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Zagueiros e volantes armando o jogo

A função dos jogadores que vêm de trás é armar as jogadas mesmo. Os zagueiros, o Méndez… Quando um time (o Corinthians) joga em linha baixa, como foi hoje, apostando no contra-ataque, que é característica dos seus homens de frente, quem tem que iniciar o jogo são eles mesmo. O Luciano entrou bem, fez uma função boa por trás do 9, fez o gol, quase fez outro. Pedrinho entrou bem, Rato estava um pouco cansado, é o quinto jogo consecutivo dele… Tivemos coisas boas de controle de jogo. Falta um pouco de ajuste, repetição, melhorar a finalização, que a gente trabalha bastante. Se você analisar o jogo, criamos mais, controlamos mais… Eles, dentro da estratégia deles, no contragolpe, foram mais felizes e conseguiram marcar os gols.

Marcos Paulo no banco

Falta a parte física, ele (Marcos Paulo) precisa evoluir. A função de um 10 é armar o jogo, mas também é recompor, acompanhar o volante adversário. Nisso, o Luciano está um pouco à frente, veio bem na parte física. O Nestor também. Ele precisa se aprimorar nesse sentido de jogo, no sentido coletivo. Não é uma crítica, é só uma observação. Assim ele poderá ter mais minutos. Eu gosto muito do Luciano nessa função. Hoje tentamos ser mais precavidos com os dois volantes, mas não fomos felizes, pois sofremos gols mesmo controlando o jogo. E dentro dos gols também erramos coberturas, tomamos decisões precipitadas. Por isso cedemos os gols, além do mérito deles, que têm um time qualificado.

Vaias da torcida

– Eu acho que o torcedor expressa seu sentimento no jogo pelo resultado em si. É natural que, com 2 a 0 no primeiro tempo, qualquer erro que aconteça, o torcedor vaie. Não é pelo atleta, é pelo momento, pelo jogo. Quando ficou 2 a 1, mesmo que tivesse erro, o torcedor aplaudia, dava força para nós. Vai muito do momento. Morumbi, 50 mil pessoas, perdendo de 2 a 0… Qualquer um que erre, vai ter barulho de decepção no estádio.

Luan

– Todos têm condições de ser titular, tem que ver se o atleta consegue girar no ritmo que o time joga por 90 minutos. Marcando pressão, principalmente contra um time que jogava com três homens de muita velocidade. É normal que ele ganhe minutos, jogue mais até se condicionar. Ele pode ser usado, assim como o Neves, o Pablo. Todos podem ser titulares. Basta ver quanto cada um suporta em ritmo alto.

 

 

Foto Destaque : Rogério Ceni explica derrota no classico (Imagem : reprodução/Getty Image)

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