O presidente do Santos, Andres Rueda, revelou durante uma reunião do Conselho Deliberativo nesta terça-feira (27) detalhes sobre as negociações em andamento entre o clube e o Qatar Sports Investments (QSI), fundo que é proprietário do Paris Saint-Germain (PSG), de Nasser Al-Khelaifi. O objetivo dessas negociações é estabelecer uma possível parceria de investimento no futebol do time paulista.
Rueda enfatizou que o Santos não tem interesse em se tornar uma sociedade anônima do futebol (SAF) e vender mais de 49% de suas ações, o que resultaria na perda do controle do clube. O presidente explicou que as negociações até o momento têm sido voltadas para atrair possíveis investidores que desejam investir exclusivamente no futebol do Santos, por meio de um aporte financeiro.
Andres Rueda no CT Rei Pelé (Reprodução/Santosfc.com)
Embora Andres não tenha mencionado explicitamente o QSI, é amplamente conhecido que o Santos negocia com esse fundo desde o final do ano passado, com a intermediação do pai do atacante Neymar. Alguns conselheiros fizeram perguntas específicas sobre as negociações com o Qatar Sports Investments.
“O que fizemos? Criamos um modelo de parceria que fosse interessante para o clube, sem vender o clube, com o sócio sendo majoritário. Esse modelo envolve o aporte financeiro de um parceiro, mesmo que com uma participação minoritária, proporcionando recursos substanciais para serem investidos no futebol. O Santos precisa de alguém que invista no futebol, e se isso acontecer, conseguiremos pagar as contas. Desenvolvemos esse modelo, apresentamos e estamos em negociações. Assim que recebermos uma proposta formal, apresentaremos ao Conselho, que decidirá se aprova ou não”, explicou Rueda.
Nasser Al-Khelaifi é dono do PSG e ligado diretamente ao QSI (Reprodução/AFP)
Agora, o Santos aguarda uma possível proposta do QSI, que deve chegar nas próximas semanas, para que o assunto seja levado ao Conselho Deliberativo.
O modelo proposto por Andres Rueda é adotado por outros clubes ao redor do mundo, mas seria inédito no Brasil. Os portugueses Benfica e Porto, também possuem a maioria de suas ações, enquanto o restante é dividido entre investidores.
Foto destaque: Nasser Al-Khelaifi (Reprodução/pt.psg.fr)
