Alejandro Domínguez vai continuar no comando da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) até 2031. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (12), durante o 81º Congresso Extraordinário da entidade, que aconteceu em Luque, no Paraguai. Essa será a quarta e última gestão do dirigente, que está no cargo desde 2016.
Mesmo estando prevista apenas para 2026, a eleição foi antecipada em um ano. Domínguez foi o único a se candidatar e contou com o apoio de todas as dez federações que integram a Conmebol. O novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, esteve no encontro e participou da votação.
Reeleição acontece após período de mudanças internas
Domínguez chegou à presidência depois de uma fase delicada na história da entidade. Seus três antecessores — Nicolás Leoz, Eugenio Figueredo e Juan Ángel Napout — acabaram sendo presos, acusados de envolvimento em esquemas de corrupção que foram investigados por autoridades dos Estados Unidos, inclusive pelo FBI. Desde então, a gestão atual tem focado em recuperar a imagem da confederação e em dar mais estabilidade à organização do futebol no continente.
Competições internacionais importantes estão no calendário
O novo mandato coincide com a realização de dois eventos marcantes. O Brasil vai sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027, reforçando o papel da região no cenário global do futebol. Além disso, a edição de 2030 da Copa do Mundo masculina vai ter uma abertura simbólica na América do Sul, com partidas no Uruguai, na Argentina e no Paraguai, uma semana antes do início oficial, que ocorrerá na Espanha, em Portugal e no Marrocos.
Alejandro Domínguez ao lado do presidente da FIFA, Gianni Infantino, durante o 81º Congresso Extraordinário da Conmebol (Foto: Reprodução/Eva Marie Uzcategui – FIFA/Getty Images Embed)
Durante o congresso, Domínguez afirmou que está entusiasmado para seguir com os projetos já iniciados e disse que acredita em avanços importantes nos próximos anos. Mesmo com o respaldo das federações, o presidente tem enfrentado algumas críticas. Em março, durante o sorteio da Libertadores, ele fez um comentário polêmico sobre a ausência de clubes brasileiros, o que gerou repercussão negativa nas redes sociais e na imprensa.
Apesar disso, Domínguez segue com o apoio dos dirigentes e começa sua última etapa à frente da Conmebol com o desafio de manter a estabilidade e ampliar o protagonismo do futebol sul-americano no cenário mundial.