Famosa avenida em Paris ganha adaptação para as Paralimpíadas de 2024

A Champs-Élysées recebeu obras de acessibilidade na abertura dos jogos que começam nesta quarta-feira; atletas brasileiros têm expectativa de ultrapassar seus recordes em outros anos

Camila Pazini Por Camila Pazini
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Foto de destaque: Símbolo dos Jogos Paraolimpícos no Arco do Triunfo, em Paris (Reprodução/ Glenn Gervot/Getty Images embed)

As ruas antigas da Champs-Élysées receberam obras de acessibilidade para dar as boas vindas aos atletas – e aos seus moradores – e às Paralimpíadas, que começam nesta quarta-feira (28). O desfile da cerimônia de abertura percorrerá a famosa avenida e terá a participação de diversas delegações esportivas. Os atletas brasileiros que participarão desta edição têm o objetivo claro de superar campanhas anteriores, algo que é palpável, já que o país figura no top 10 do quadro de medalhas paralímpicas. 

Cerimônia de abertura na Champs-Élysées e expectativa dos brasileiros

A famosa e caótica avenida parisiense ganhou faixa de asfalto liso no lugar das pedras que pavimentam as ruas, para que os atletas paralímpicos possam transitar e desfilar livremente, especialmente os que usam cadeiras de rodas. A primeira parte da abertura da cerimônia contará com 185 delegações nacionais no desfile de apresentação. Já a segunda parte, que terá espetáculos artísticos e discursos de autoridades, acontecerá na Praça La Concorde. No entanto, a pira olímpica será acesa na Inglaterra, em um vilarejo que sediou os primeiros jogos paralímpicos da história. 

As mudanças em nome da acessibilidade ajudarão não só os atletas, mas também os moradores da cidade com dificuldades motoras. O vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Yohansson de Nascimento, comentou sobre as expectativas e projeções para a edição deste ano. A expectativa é que o país supere os recordes de 72 medalhas e 22 ouros conquistados em Tóquio, em 2021. 


Terezinha Guilhermina, atleta paralimpíca brasileira, comemorando a medalha de ouro nos Jogos Paralimpícos de Londres (Foto: reprodução/ Gareth Copley/Getty Images Embed)


“Nosso planejamento estratégico já diz que o Brasil deve atingir entre 70 e 90 medalhas no total em Paris. Eu acredito muito que vamos ficar nesse patamar, conquistando um pouco mais de 80 medalhas. Será histórico para o Brasil” , afirma Yohansson.

Uma meta pé no chão, já que desde Pequim (2008) o país soma quatro edições seguidas em posição de destaque entre os melhores nas modalidades esportivas, alcançando um posto equilibrado nos dez melhores. 

Investimento e visibilidade

São Paulo, uma das maiores capitais do Brasil, é uma das cidades que abriga um dos melhores centros paralímpicos do mundo, além de escolinhas focadas na modalidade. Todo esse investimento e trabalho por visibilidade é um pano de fundo para todas as vitórias do país nos Jogos. Com a participação nos jogos, o vice-presidente também comentou sobre os eventos escolares e campings que se dedicam à modalidade paralímpica, acolhendo futuros atletas. 

Logicamente, além dessas medalhas, eu espero que a visibilidade do esporte paralímpico cresça, como tem acontecido nos últimos anos. Eu vejo o público querendo consumir cada vez mais esporte paralímpico. Tenho certeza absoluta de que a cada ciclo, o povo brasileiro torce cada vez mais para os nossos atletas e isso, consequentemente, vai gerar um apelo maior de descoberta de novos atletas“, completou o vice-presidente. 

A cerimônia de abertura, que acontece amanhã (28), começa às 15h e será transmitida pelo SporTV2 e pelo Ge Globo, ao vivo. 

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