Gabriel Araújo conquista terceira medalha de ouro nas Paralimpíadas de Paris

Atleta paralímpico destaque em outras edições venceu a prova de 200 metros no nado livre com 15 segundos de vantagem, batendo o recorde das Américas

Camila Pazini Por Camila Pazini
3 min de leitura
Foto destaque: Gabriel Araújo comemorando a vitória na prova de 200 metros livres na Paralimpíadas de Paris (Reprodução/Adam Pretty/Getty Images embed)

Gabriel Araújo ganhou mais um ouro na modalidade paralímpica de natação. O brasileiro tinha feito a afirmação que isso aconteceria em julho, e cumpriu a promessa. Além de ganhar mais uma medalha nesta segunda-feira (2), Gabrielzinho terminou com o tempo de 3min58s92, com 15 segundos de diferença do segundo colocado, batendo o recorde de países da América nas Paralimpíadas de Paris. 

‘’Amassando’’ os adversários 

A Arena La Défense vibrou quando o nadador mineiro conquistou mais uma medalha para a natação, representando o esporte paralímpico do país. Gabriel subiu ao pódio mais uma vez na prova de 200m livre S2, e cumpriu sua promessa, ultrapassando Vladimir Danilenko (4min14s16) e Alberto Diaz (4min22s18), que ganharam prata e bronze, respectivamente. 


Gabrielzinho na prova de 200 metros livres na Paralimpíada de Paris 2024 (Reprodução/Adam Pretty/Getty Images Embed)


A vitória do brasileiro foi através de uma tática diferente para se adaptar ao nado livre, disparando na frente logo nos primeiros segundos de prova e alternando entre o crawl e o nado de costas. Gabriel conseguiu ultrapassar os adversários com folga. Mas, não foi só Gabriel que ganhou medalhas para o Brasil: mais cedo, Carol Santiago venceu a prova de 50m livres da classe S13, contabilizando cinco medalhas de ouro na carreira e se tornando a maior medalhista da história do Brasil. 

A história de Gabriel Araújo

O mineiro radicado em Juiz de Fora conheceu a natação através de um professor de Educação Física, Aguilar Freitas. Sem o consentimento de seus pais, o atleta mergulhou, literalmente, no esporte e se tornou um dos destaques da modalidade.  Gabriel, com 22 anos atualmente, nasceu com uma doença congênita chamada focomelia, que impede a formação de braços e pernas, mas isso não o impediu de se destacar no esporte.

O que mais me impressionou no começo foi a habilidade dele fora da piscina. Ele tem uma ótima coordenação motora e é muito inteligente, o que lhe permite superar todos esses obstáculos todos os dias. Quando o vi na água, descobri todo o seu potencial. Ele tem uma mentalidade de campeão e sabe lidar com a pressão“, comentou o atual treinador do nadador em entrevista.

Até o momento, Gabriel acumula seis medalhas no esporte paralímpico, sendo destaque de Tóquio (2021) com dois ouros e uma prata, e conquistando os três ouros em Paris na Paralimpíada deste ano. O brasileiro também foi premiado no ano passado no Prêmio Paralímpicos, junto com Bruna Alexandre, do tênis de mesa.

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