Grêmio perde em casa e Renato Gaúcho defende estratégia de rotatividade

Alanis Zamengo Por Alanis Zamengo
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Foto destaque: Renato Gaúcho em derrota do Grêmio para o Huachipato (reprodução/Lucas Uebel/Grêmio)

Nesta terça-feira (09), o Grêmio estreou em casa pela Libertadores e enfrentou uma surpresa desagradável ao ser derrotado pelo Huachipato, se mantendo na lanterna do Grupo C. O resultado de 2 a 0 marcou a segunda derrota consecutiva da equipe no torneio, que ainda não pontuou na competição sul-americana. Após o jogo, o técnico Renato Portaluppi explicou as mudanças feitas em relação à final do Gauchão, buscando justificar a opção por um time misto em campo.

Razões da rotatividade tática

Na partida contra o Huachipato, o Grêmio surpreendeu ao entrar em campo com um time misto, deixando alguns titulares no banco de reservas. Essa decisão levantou questionamentos após o revés sofrido pela equipe diante do clube chileno. Em sua defesa, o treinador foi enfático aos explicar os motivos por trás dessa escolha.

“Você é o treinador, jogou três dias atrás, corrido, pegado, tivemos que virar o jogo, jogadores cansados, estressados. Quer que ponha os 11 em campo de novo para perder algum jogador por lesão? Por que eu tenho um grupo? Porque tem que dar resposta. Não posso jogar a cada três dias com o mesmo time”, afirmou.

Durante a entrevista coletiva, Renato Gaúcho enfatizou o desgaste físico e emocional da equipe em mais de uma resposta. Ele ressaltou que o Grêmio conquistou o hepta gaúcho ao vencer o Juventude no último sábado (06) e, apenas três dias depois, voltou a campo para enfrentar o Huachipato. Enquanto isso, o time adversário teve o benefício de um fim de semana de descanso, o que evidenciou ainda mais os desafios enfrentados pelo time gaúcho.


Delegação do Grêmio chegando para a partida contra o Huachipato
Delegação do Grêmio chegando para a partida contra o Huachipato (Foto: reprodução/Instagram/@gremio)

Huachipato mais eficiente

A equipe do Huachipato demonstrou superioridade em campo ao construir o resultado ainda no primeiro tempo. O jogador Loyola abriu o placar aos 12 minutos, enquanto Montes ampliou a vantagem nos acréscimos, após 50 minutos, aproveitando sobras de bola. Apesar das mudanças promovidas pelo técnico no intervalo, que incluíram a entrada de titulares, o Grêmio não conseguiu reverter a situação e mudar o rumo do jogo

Renato justificou sua decisão de utilizar um time misto contra o Huachipato, comparando com a situação anterior em que a estratégia foi bem-sucedida. Ele argumentou que, mesmo diante do revés, não hesitaria em repetir a escolha, enfatizando a importância de gerenciar o desgaste da equipe em meio a um calendário de jogos apertado.

“Sou pago para pensar e entendo de futebol, de vestiário e, quando o jogador tem condição de jogar. Prefiro colocar um jogador tecnicamente inferior a alguns, mas descansado, do que botar o cara técnico cansado. Não terei ele na parte técnica e muito menos na parte física”, continuou o treinador.

Após a derrota diante do Huachipato, o Grêmio permanece sem pontuar no grupo, se encontrando a quatro pontos de distância dos líderes. O Estudiantes conquistou uma vitória sobre o Strongest em território argentino, porém fica atrás do Huachipato devido ao saldo de gols. Enquanto isso, o time boliviano ocupa a terceira posição na tabela, somando três pontos até o momento.

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