A final de torneios continentais sul-americanos mais repetida no século, teve como primeiro capítulo do confronto desta quinta-feira (22), no estádio Casablanca em Quito no Equador a vitória da LDU por 1×0 sobre o Fluminense. A decisão da Recopa Sul-Americana foi uma reedição da força dos equatorianos em sua casa e a entrega tricolor na altitude.
Como nas finais da Libertadores de 2008 e da Sul-Americana de 2009, o Fluminense saiu atrás no confronto contra o seu maior rival no continente. Contudo o sentimento tricolor é de ter feito um bom resultado, visto que nas últimas vezes saiu derrotado sob goleadas de 4×2 e 5×1. A partida na altitude de Quito botou a prova o folego tricolor, que vestiu a alcunha de guerreiros entregando o seu máximo a cada jogada. A LDU foi superior a partida inteira, chegando a finalizar 16 vezes contra apenas cinco do Fluminense.
Início do confronto
A partida começou com os altos e baixos do estilo tricolor, aos três minutos, Thiago Santos recuou mal para Fábio, que tirou a bola com um carrinho na linha do gol, sobrando para Jhojan Julio dominar mal e a defesa afastar. Contudo momentos depois, Marcelo acertou um grande lançamento para German Cano que foi tocado e caiu na área. Após auxílio do VAR o pênalti não foi assinalado e o jogo seguiu.
Erro de saída do Fluminense. (Vídeo: reprodução/Instagram/@conmebolrecopa)
A partir desse momento a LDU dominou o jogo. Repetindo a estratégia das últimas finais, os equatorianos arriscavam chutes de média e longa distância, e lançamentos em contra-ataques nas costas dos laterais tricolores. Aos 12 minutos Marcelo sentiu o tendão do pé, e foi substituído preventivamente, para não agravar a lesão, Diogo Barbosa entrou em seu lugar. Sem o talento da lenda do Real Madrid, o Fluminense ganhava com o físico, e a velocidade do ex-gremista.
Bombardeio equatoriano
Conforme o tempo passava, o gás tricolor diminuía e a LDU crescia. Oscar Zambrano acertou uma bomba na lateral da rede, enganando torcedores do estádio. Com a altitude, a bola ganhava mais velocidade e chegavam com perigo ao gol do Fábio, pela menor resistência do ar rarefeito de Quito. A equipe de Fernando Diniz conseguia criar jogadas, mas não conseguia finalizar, enquanto a LDU chegava com perigo em chutes de Gonzalez e de Piovi por duas vezes.
Entretanto os lances mais perigosos dos equatorianos saíram em uma jogada rápida pelo lado direito, em que Estupiñán cruzou para o corte de Fábio, que deixou a bola escapulir e sobrar para Gonzalez finalizar para fora. E em cobrança de escanteio de Piovi, o meia tentou surpreender o goleiro e tentou marcar um gol olímpico, que foi salvo por Guga em cima da linha.
Tentativa de gol olímpico de Piovi. (Vídeo: reprodução/Instagram/@conmebolrecopa)
Garra tricolor
Já na segunda etapa a aposta dos equatorianos se alternavam entre chutes e cruzamentos, testando a defesa tricolor que se manteve segura a maior parte da partida, não permitindo finalizações de qualidade, e fazendo diversos bloqueios. Ao todo foram oito finalizações bloqueadas. A melhor chance dos cariocas, foi em chute de Lima no travessão, em jogada com Douglas Costa e Martinelli.
Desfecho repetido
Contudo, o já castigado físico tricolor, era posto a prova a cada cruzamento. Nos acréscimos da partida, Piovi cruza em direção ao gol e encontra Arce livre na pequena área para marcar, a priori o árbitro da partida, Andrés Rojas, marcou uma posição irregular do atacante, mas com auxílio da tecnologia o gol foi validado.
Lance do gol de Arce para a LDU visto da linha de fundo. (Vídeo: reprodução/Instagram/@conmebolrecopa)
O segundo capítulo entre Fluminense e LDU acontecerá no Maracanã na próxima quinta-feira (29) às 21h30, o tricolor precisará vencer por dois gols de diferença para poder conquistar o título da Recopa, em caso de vitória por apenas um gol, a partida irá para os pênaltis. Contudo, a equipe de Diniz ainda terá o clássico contra o Flamengo no domingo (25), que pode decidir o campeão da Taça Guanabara.
