Palmeiras consegue reduzir dívida e já discute novos patrocinadores

O clube focou em quitar débitos anteriores e tem evitado fazer novas dividas após tomar alguns empréstimos com a Crefisa em 2015 por problemas financeiros

Thalita Gombio Por Thalita Gombio
4 min de leitura
Foto destaque: Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras e dona das empresas patrocinadoras do clube (reprodução/instagram/@leilapereira)

O Palmeiras está cada vez mais perto de finalizar sua dívida com a Crefisa, que atualmente está em R$9.3 milhões. O valor é referente a contratações de jogadores financiadas pela patrocinadora desde 2015, com acordo de reembolso com juros baseado na taxa CDI.

Parte dos pagamentos foram feitos com bônus recebidos de títulos como os dois Campeonato Brasileiros (2022,2023) além do Paulista 2024 que juntos chegam ao valor aproximado de R$16 milhões de reais. 

Em 2019, a dívida chegou ao valor de R$172,1 milhões e com planejamento e foco, o clube espera que seja quitada até dezembro, mês ao qual se finda também o contrato entre Palmeiras, Crefisa e Faculdade das Américas (FAM).

Em julho a quantia paga a Crefisa chegou a R$2 milhões de reais, estabilizando o débito em passivo circulante, isto é, em curto prazo.


Ex-presidente do Palmeiras, Mauricio Galliote e atual presidente, Leila Pereira, na renovação de contrato entre Palmeiras e Crefisa no ano de 2021 (foto: reprodução/Fabio Menotti/Agência Palmeiras)

Rumos do clube em discussão

Ao finalizar a parceria do Palmeiras com a Crefisa e a FAM, o clube passa a analisar outras opções para a temporada de 2025. O contrato atual não teve atualizações desde 2019 e prevê até R$120 milhões em rendimentos ao time entre fixo e bônus, sendo esse um dos pontos de insatisfação da torcida que, ao comparar benefícios de outros times, consideram certa desvantagem contratual.

Outro ponto que coloca a relação do Palmeiras com os atuais patrocinadores em estado crítico é o fato da presidente do clube, Leila Pereira, ser dona das empresas, o que é considerado por alguns como conflito de interesses.

Leila pretende submeter as ofertas recebidas ao Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), após avaliação do departamento de marketing. 

Portanto, a decisão sobre qual patrocinador será escolhido para o futuro pode ser influenciada por esse grupo de conselheiros que, em sua maioria, é favorável à administração atual do Palmeiras.

A atual presidente declarou sua candidatura a uma possível reeleição mas não descartou a possibilidade de novos patrocínios, afirmando que seria algo saudável ao clube.

Novas propostas

O Palmeiras recebeu duas propostas de patrocinadores que não foram à frente por falta de respostas do clube. A primeira, Esportes da Sorte que inclusive já patrocina a equipe feminina. Entretanto, sem retorno para a equipe masculina, decidiu seguir com o Corinthians com um contrato de R$309 milhões até 2027. 

A segunda, Betnacional, ofertou cerca de R$100 milhões anuais fora o valor em bônus, mas retirou após o prazo de retorno ter passado. A casa de apostas se mostrou disposta para formular novas propostas.

O clube salienta que as negociações seguem em critério confidencial e , portanto, não pode comentar o andamento antes que as decisões sejam previamente tomadas.

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