Munique, 31 de maio. Local e data em que o mundo para e observa homens se tornando imortais. A final da Champions, disputada hoje, na Alemanha, colocou frente a frente PSG e Inter de Milão. Só um poderia cruzar o “Siegestor”, portão que já testemunhou guerras e glórias com o título de campeão. No fim, a Europa se curva ao Paris Saint-Germain, que ascende ao posto mais alto do reino do futebol.
O hino da competição já evocava desde a primeira partida. Ali era um território reservado para “os melhores, os campeões”. Solenidades à parte, o planeta pode ver o apogeu de Doué, um menino de 19 anos, mas que foi gente grande no jogo, só faltou fazer chover! E, não foi só o Linkin Park, banda que abriu o jogo com show, que fez rock ‘n roll na Allianz Arena! O Paris começou e terminou o jogo como quem tocava uma guitarra forte em um espetáculo de futebol.
5×0, com dois gols e uma assistência de Désiré Doué, mostrando um novo PSG para o mundo! E com todo respeito a Inter, o placar não é condizente com o domínio do PSG, poderia ser muito para o time de Paris, que se torna um campeão incontestável.
Resumo do jogo
Primeiro tempo foi de domínio absoluto do PSG, que controlou o jogo com posse, pressão alta e ataques bem articulados. A Inter, pobre na criação, apostou em bolas longas e cruzamentos, sem eficácia. Hakimi abriu o placar após jogada inteligente de Doué, que também marcou o segundo gol em um contra-ataque mortal.

O segundo tempo foi um atropelo. A Inter até tentou pressionar no início, mas seguiu pobre na criação. O PSG respondeu com contra-ataques letais e ampliou sem dó: Doué, de novo, fez o terceiro; Kvaratskhelia marcou o quarto em passe de Dembélé; e Mayulu fechou o massacre em 5×0. A Inter só levou perigo em chute de Thuram, defendido por Donnarumma. O resto foi passeio parisiense.
Paris começou na frente, abriu e ampliou o placar
O jogo começou elétrico, tenso e simbólico. Lautaro, em prece silenciosa, parecia pressentir o peso do momento. O Paris tomou a bola, tomou o campo e empurrou a Inter contra as próprias linhas. A pressão sufocante gerou erros, sustos e controle total. De tanto martelar, o PSG encontrou o gol. Kvaratskhelia clareou, Doué teve a frieza dos grandes e serviu Hakimi, que rompeu a linha da história e abriu o placar. Gol do Paris! Assim como na final da Conference League, um marroquino inaugura o marcador da final. 1×0, aos 11 do primeiro tempo!
O Paris joga muita bola em Munique, fareja o erro, pressiona, morde e parte para o ataque. A torcida francesa faz Munique parecer Paris. A Inter tenta reagir, sobe linhas, busca oxigênio, mas abre espaços fatais. Assim, o PSG entende o jogo, lê o campo, ataca com assertividade absurda. Kvaratskhelia tenta de fora, anuncia o perigo. Pouco depois, não é mais aviso: é confirmação. Contra-ataque fulminante, Dembélé acerta um passe milimétrico e Doué, protagonista absoluto, domina e fuzila. 2 a 0!
O Paris parecia colocar com a mão na orelhuda!
PSG controla, Inter corre atrás
O PSG domina, dita o ritmo e controla cada espaço do campo. A fumaça dos sinalizadores franceses ainda paira, metáfora viva de quem tomou Munique para si. A Inter tenta reagir, mas entrega um futebol previsível, baseado em bolas longas e cruzamentos. Pobre na articulação, vive de estalos, não de construção. O Paris roda a bola, esfria o jogo, erra pouco e administra o placar. Só sofre quando Thuram, no limite, testa uma bola que sai tirando tinta da trave. Fora isso, o roteiro é claro: o PSG joga, a Inter corre atrás.
O primeiro tempo fecha com 2×0 e com o Paris dono do jogo, mas flertando perigosamente com erros na saída. A Inter percebe, sobe as linhas e até arranca sustos, como no vacilo de Nuno Mendes e no quase de Thuram. O Paris responde como quem lembra quem manda: Doué, mais uma vez genial, acha Dembélé, que perde uma chance inacreditável. No apagar das luzes, Kvaratskhelia ainda leva perigo em dois lances.
PSG manteve o domínio nas estatísticas no primeiro tempo, as estatísticas mostravam 61% da posse, 13 finalizações contra apenas duas da Inter, e 91% de precisão nos passes em 407 tentativas, enquanto a Inter teve 82% em 161 passes.
Ai, ai, as chances desperdiçadas, mas o dia era de Doué!
Após um início de segundo tempo com a Inter tentando criar perigo, Barella quase finalizou após escanteio, mas Marquinhos apareceu para cortar. Zalewski tentou o chute pela esquerda, mas cometeu falta em Fabián Ruiz e levou cartão amarelo. Inzaghi também foi advertido pelo árbitro após reclamações. A Inter manteve mais presença no ataque, mas sem chances claras. O PSG respondeu com perigo, principalmente em contra-ataque, quando Hakimi quase marcou após passe brilhante de Doué.
Aos 17 minutos, o jovem Désiré Doué, que já vinha se destacando, ganhou o 10 e ampliou para o PSG com um chute certeiro no canto, fazendo 3 a 0 e selando praticamente o jogo.
E virou goleada do PSG!
A partida ainda teve espaço para ele que perdeu tantos gols fazer o seu. GOOOOL DO PSG! Kvaratskhelia, cara de um projeto estrutural do novo PSG, é lançado nas costas da zaga por Dembélé, sai cara a cara com Sommer e bate colocado, sem chance! Um passeio parisiense em Munique! 4×0!
A Inter até tenta, mas só consegue a primeira finalização certa aos 29, em chute de Thuram bem defendido por Donnarumma. O PSG segue letal no contra-ataque e quase amplia com Barcola, que faz fila na defesa, deixa Acerbi no chão, mas perde um gol feito, chutando para fora. O jogo segue sendo um passeio parisiense em Munique. Algo que a gente não vê todo dia acontece, torcida canta olé em plena final de Champions League.
Mayulu entra e já deixa sua marca! Troca de passes rápida na entrada da área, Barcola devolve de primeira e o jovem bate firme, sem chance para Sommer. Um massacre: 5×0 PSG! Que mostra que o time parisiense tem presente, mas também tem muito futuro.
“THE CHAAAAMPIOOOONS!“
O campeão da Champions League 2024/25 é o Paris Saint-Germain! Um título que atravessa gerações, cura frustrações com lendas do futebol e explode no peito de uma torcida que nunca deixou de sonhar. Ambas as equipes carregavam nas costas as cicatrizes de finais amargas, como a de hoje. O PSG segurava o grito de campeão desde 2020, quando viu o título escapar diante do Bayern de Munique. Mas hoje, enfim, foi dia de rasgar o silêncio, lavar a alma e soltar o choro guardado por tanto tempo.
A França volta a erguer o troféu mais cobiçado do futebol europeu depois de 31 anos. A última vez que um clube francês tocou a eternidade foi também em uma batalha de Munique, em 1993, com o épico título do Olympique de Marseille.
Também, cabe lembrar que em cinco finais em Munique, foram 5 campeões inéditos: PSG se junta a Nottingham Forest, Olympique, Dortmund e Chelsea que também debutaram em Champions na cidade alemã. Desta forma, o mundo viu uma nova estrela nascer e um clube que muito investiu chegar a glória.