Rebeca Andrade pode se despedir das competições de solo em Paris

Bruno Martins Por Bruno Martins
3 min de leitura
Foto destaque: Rebeca Andrade em apresentação em Paris 2024 (Reprodução/Luiza Moraesa/COB)

Rebeca Andrade é a sensação da Olimpíada de Paris 2024. Nesta segunda-feira (5), a brasileira participará de sua última final na capital francesa. Embalada por Beyoncé e Anitta, a apresentação da ginasta pode ser a última de sua carreira nas provas de solo.

Três cirurgias e muitas dores

Segundo a atleta, em entrevista para jornalistas em Paris, o solo é a prova mais difícil por conta do seu joelho. Foram três cirurgias que deram para Rebeca Andrade muitas dores, o que prejudicou as apresentações. Por conta disso, a ginasta de 25 anos pretende se aposentar do aparelho.

Com certeza, o solo é o mais difícil para mim. Não é difícil eu fazer os meus exercícios, é que é pesado para minha perna, meus joelhos, meus pés e meu tendão. São dores que sinto que eu não preciso ter mais.


Rebeca Andrade comemora medalha em Paris 2024
Rebeca Andrade comemora medalha em Paris 2024 (Foto: Alexandre Loureiro/COB)

Rotina pesada

A rotina de uma atleta é pesada, mas para Rebeca Andrade pode ser ainda pior. Com três cirurgias do ligamento cruzado anterior (LCA), uma das lesões mais graves no esporte, a brasileira quer evitar essa rotina de treinos e competições no próximo ciclo. Com isso, a atleta pode focar em outros aparelhos.

Por exemplo, Rebeca apresentará 19 séries em apenas 12 dias, contando com o treino de pódio, espécie de ensaio geral dos atletas da ginástica. Por conta das dores provocadas pelas lesões, a brasileira cogita dar um descanso para o corpo.


Rebeca Andrade se apresenta na competição de solo
Rebeca Andrade se apresenta na competição de solo (Foto: Miriam Jeske/COB)

Saída do individual geral

Além disso, a atleta deixou o futuro em aberto no individual geral, prova que consiste na ginasta competir em quatro aparelhos: barras, trave, salto e solo. Segundo Rebeca, essa prova também exige muito do seu corpo, mas deixou claro que, no futuro, pode mudar de ideia.

Eu queria muito que hoje fosse uma competição especial para mim, e foi. Por ser o meu último individual geral. Exige muito do meu corpo, principalmente das minhas pernas, dos meus joelhos e de tudo mais. Falo que o futuro a Deus pertence. Vai que, do nada, se der um tchan na minha cabeça, se meu corpo melhorar, eu mude de ideia.

Nessa modalidade, a brasileira tem duas pratas: Tóquio 2020 e Paris 2024. Além disso, ela ainda conquistou o ouro no salto em Tóquio e prata e bronze no salto e equipes, respectivamente, em Paris.

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile