27 anos sem Gianni Versace: conheça o legado do icônico fundador da grife

Marina Camarotti Por Marina Camarotti
7 min de leitura
Foto Destaque: Gianni Versace em desfile (Reprodução/Dave M. Benett/Getty Images Embed)

A data 15 de julho de 1997 carrega um grande pesar para os apreciadores de moda: a morte do fundador e estilista da icônica grife italiana Versace. Gianni Versace não era apenas um estilista talentoso; ele se tornou uma celebridade, sempre cercado por supermodelos que ele próprio ajudou a popularizar. Em 1997, Versace alcançava o auge de sua marca, um período de grande sucesso que foi tristemente marcado por sua perda.

Atualmente, Gianni Versace ainda é lembrado como uma figura de grande influência e poder. Suas criações continuam a impactar o mundo da moda e da beleza. Além disso, sua vida e obra têm sido fonte de inspiração para documentários e séries de televisão.

Considerando toda a influência que Gianni Versace ainda exerce na cultura pop, há várias curiosidades interessantes sobre sua vida antes e depois de sua morte. Esses detalhes nos ajudam a entender como a marca Versace se tornou icônica e conseguiu manter seu legado vivo mesmo após sua partida.

A morte de Gianni Versace e a cultura pop

Devido à brutalidade e à intensa cobertura midiática de sua morte, o caso de Gianni Versace tornou-se tão conhecido quanto o próprio estilista. Por essa razão, ele se tornou uma fonte significativa para representações no audiovisual e na cultura pop.

Em 2018, entre os muitos projetos que Ryan Murphy propôs para a FX, destaca-se The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story. Edgar Ramirez, de Joy: O Nome do Sucesso, interpretou o estilista, enquanto Penélope Cruz assumiu o papel de Donatella. Darren Criss, astro de Glee, trouxe à vida Andrew Cunanan, o assassino. A série aborda os últimos dias de Gianni Versace e explora a complexa relação entre ele e o psicopata que o assassinou.


American Crime Story Season 2: The Assassination of Gianni Versace - Trailer Oficial Legendado

Trailer de American Crime Story: The Assassination of Gianni Versace (Reprodução/YouTube/@AmericanCrimeStoryBrasil)


Vencedora de diversos prêmios, incluindo Emmys, a série também contou com a participação do cantor Ricky Martin no elenco. Ele interpretou Antonio D’Amico, companheiro de Gianni Versace, que também foi quem encontrou o estilista sem vida em sua mansão.

A mansão de Gianni Versace

Gianni Versace foi tragicamente assassinado em sua própria residência, conhecida como Casa Casuarina, localizada na famosa Ocean Drive. A mansão, profundamente inspirada na cultura grega, refletia intensamente o amor de Gianni por esse universo.


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Casa Casuarina, moradia onde Gianni Versace foi assassinado e hoje é um hotel e restaurante de luxo (Reprodução/IMDB)

Sua paixão pela Grécia teve origem nas histórias que cercavam sua terra natal, a Calábria. Essa fascinação o levou ao Liceo Classico Tommaso Campanella, onde estudou latim e grego antigo, embora não tenha concluído os estudos.

Atualmente, a mansão de Gianni Versace funciona como um hotel e restaurante aberto ao público, tornando-se um ponto turístico icônico em Miami. Essa transformação não apenas preserva o legado arquitetônico e cultural da residência, mas também promove o reconhecimento contínuo da grife Versace.

A simbologia da Medusa para Versace

Gianni Versace, apaixonado pela cultura grega, incorporou tanto em sua casa quanto em suas criações a figura mitológica da Medusa. Escolhendo-a como ícone de sua marca e tema de decoração de sua residência, Versace via suas mulheres como irresistivelmente sedutoras, capazes de “petrificar” quem as contemplasse.


Símbolo da Medusa utilizado em peças da marca atualmente (Reprodução/Edward Berthelot/Getty Images Embed)


Dessa forma, Versace e sua marca fortaleceram a ideia de femme fatale no universo da moda, incorporando simbologia grega que ainda permeia as criações da Versace até hoje.

A rivalidade entre Gianni Versace e Giorgio Armani

Segundo a biografia House of Versace de Deborah Ball, Gianni Versace é conhecido por ter dito a icônica frase “Armani veste a esposa, Versace veste a amante”. Para muitos, essa afirmação poderia parecer ofensiva para a marca Versace, mas o próprio estilista encorajava esse discurso, celebrando a ideia de que a moda poderia ser sexy, com decotes profundos, saias curtíssimas e fendas intermináveis.


Gianni Versace, Naomi Campbell e Carla Bruni (Reprodução/Dave M. Benett/Getty Images Embed)


Gianni Versace foi um pioneiro no fenômeno das supermodels, lançando nomes como Naomi Campbell, Carla Bruni e Cindy Crawford ao estrelato. Sua moda não apenas dominou as passarelas, mas também conquistou o red carpet, tornando-se uma escolha frequente entre celebridades em busca do impacto e glamour característicos de suas criações.

Donatella Versace, sua sucessora

Donatella, irmã de Gianni, não era estranha ao mundo da moda quando assumiu o cargo deixado pelo irmão. Em 1989, ela assumiu a direção criativa da segunda linha da Versace, a Versus, tornando-a mais pop e acessível. Antes disso, já havia deixado sua marca como stylist em vários desfiles e também contribuído com o design de acessórios.


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Gianni, Allegra e Donatella Versace em 1996 (Reprodução/Pinterest/@flordemarie)


No seu testamento, Gianni deixou a Versace para sua sobrinha Allegra após sua morte. Entretanto, na época, Allegra tinha apenas 11 anos, e Gianni não previu que ela assumiria tão cedo. Assim, Donatella assumiu a marca, papel que continua desempenhando até hoje, com Allegra atuando como diretora.

Anos dourados da Versace

Entre 1991 e 1995, Gianni Versace apresentou algumas de suas coleções mais célebres, como Vogue, Warhol, My Friend Elton, Icons, Baroque, Animalia, Native Americans, Tresor de la Mer, Metal Mesh e Butterflies.


Naomi Campbell vestiu um icônico look da coleção de 1992, inspirado no artista da pop art Andy Warhol, enquanto Irina Shayk apresentou uma releitura do clássico em uma peça da coleção de 2018 da Versace (Reprodução/Vogue Archives)

Estas coleções foram tão marcantes que são instantaneamente reconhecíveis e frequentemente reinterpretadas e incorporadas nas coleções mais recentes da marca.

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