À La Garçonne retornou à passarela da São Paulo Fashion Week nesta quarta-feira (09) com uma coleção que reafirma sua identidade, ao mesmo tempo em que se reinventa. Mostrou que tradição e inovação podem andar lado a lado. Após celebrar 15 anos na temporada passada, a marca comandada por Fábio Souza reforça sua identidade com uma coleção que equilibra alfaiataria precisa, referências utilitárias e um toque de sensualidade sensata. A marca segue fiel à alfaiataria urbana e traz novidades que aumentam sua narrativa estética.
Refinamento clássico com espírito das ruas
A silhueta feminina ganhou destaque com vestidos estruturados, corsets que marcaram a cintura e fendas nas costas que revelam sem exageros. Já no masculino, a alfaiataria permaneceu ampla, mas com volumes mais controlados, calças com pregas e acabamentos refinados mostraram a atenção da marca aos detalhes. A modelagem, mesmo quando relaxada, carrega um rigor que valoriza cada peça.
O jeanswear surge como um dos pontos altos da coleção. O corte preciso transformou o que seria casual em algo sofisticado, graças à aplicação de técnicas de alfaiataria. A marca apostou em contrastes, porem com equilíbrio, criando uma estética urbana que não abriu mão do acabamento refinado.


Sensualidade e sustentabilidade
A sensualidade foi explorada com maturidade. Sutiãs e vestidos de renda surgiram repaginados, revelando uma mulher segura e elegante. Longe da obviedade, as peças revelaram sem expor demais, apostando em texturas, cortes estratégicos e sobreposições para construir uma imagem sexy e sofisticada.


A sustentabilidade seguiu como um pilar inegociável da marca. Todas as peças foram confeccionadas com tecidos reaproveitados ou materiais já existentes, reforçando o posicionamento consciente da À La Garçonne. A escolha não comprometeu o acabamento nem a criatividade, ao contrário, provou que é possível inovar com responsabilidade ambiental.