Nos últimos anos, algumas das bolsas mais desejadas do mundo da moda ficaram ainda mais valiosas no mercado de revenda, muitas vezes superando o preço da loja. Marcas como Hermès, Chanel, Louis Vuitton e Gucci lideram esse movimento.
Com valorização de 14,2% ao ano entre 1980 e 2015, a famosa bolsa Birkin, da Hermès é um bom exemplo, o que a leva ser considerada um “investimento”. Por haver grande procura e pouca oferta, elas podem custar cerca de US$ 9 mil (R$ 51 mil) e serem revendidas por até US$ 30 mil (R$ 171 mil).
Bolsa “investimento”
Não é um privilégio de todas as bolsas de grife se tornarem um investimento. Só uma parte pequena ganha valor com o tempo. As chamadas “it bags” podem valer mais no futuro por serem difíceis de encontrar, feitas em edições limitadas ou por causa de cor, tamanho, material e estado de conservação.
“O valor de revenda cresce junto com o aumento dos preços das marcas. Essas bolsas viraram não só símbolo de moda, mas também uma forma inteligente de aplicar o dinheiro”, disse Landyn Tedrick, da empresa Fashionphile, à Vogue americana.


Bolsa Hermès (Foto: reprodução/Pinterst/@theeblkdeity)
As bolsas que mais valorizaram
Veja algumas das bolsas que mais subiram de preço, segundo especialistas:
- Birkin 35, Hermès: +134% (com retenção de valor de até +250% em 2024)
- Classic Flap, Chanel: +135%
- Bum, Louis Vuitton: +150%
- OnTheGo, Louis Vuitton: +106%
- Andiamo, Bottega Veneta: +90%
- XL Puzzle Fold Tote, Loewe: +90%
- Nimo, Celine: +91%
- Baguette, Fendi: +113%
- T-Lock Top Handle, Toteme: +82%
- Le City, Balenciaga: +41%
- Tondo Suede Hobo, Savette: +25%
- Jackie 1961, Gucci: +24%
A marca The Row, das ex-atrizes Mary-Kate e Ashley Olsen, também tem bolsas com esse perfil mais exclusivo e difícil de encontrar.


Modelo de bolsa de luxo vintage (Foto: reprodução/Pinterest/@mari00000058)
Porém, existe opinião controversa quanto a bolsas serem consideradas investimentos, apesar da valorização. Para a planejadora financeira Carolyn McClanahan, é exagero chamar assim: “Sou a favor de comprar coisas boas, mas não chamaria isso de investimento”, disse à CNBC.
“Se você vai usar a bolsa por anos e anos, aí sim pode ser uma compra inteligente. Mas, mesmo assim, é importante gastar menos do que ganha e continuar economizando.”
No final das contas, uma bolsa de luxo pode ser um investimento para o futuro, mas o principal é que ela combine com seu estilo, dure bastante e seja usada com consciência.