Burberry aposta em coleção jovem com Daniel Lee à frente
A Burberry, marca britânica centenária, iniciou uma nova etapa em sua trajetória ao combinar tradição, inovação e apelo comercial. Sob o comando do diretor criativo Daniel Lee, a empresa busca equilibrar sua herança de luxo com uma estética jovem e acessível, após enfrentar desafios no reposicionamento anterior voltado ao ultraluxo, que resultou em queda nas […]
A Burberry, marca britânica centenária, iniciou uma nova etapa em sua trajetória ao combinar tradição, inovação e apelo comercial. Sob o comando do diretor criativo Daniel Lee, a empresa busca equilibrar sua herança de luxo com uma estética jovem e acessível, após enfrentar desafios no reposicionamento anterior voltado ao ultraluxo, que resultou em queda nas vendas e distanciamento cultural do público.
A chegada do novo CEO, Joshua Schulman, conhecido por reestruturar marcas como Michael Kors e Coach, trouxe uma perspectiva estratégica mais sólida. Com Schulman à frente, Daniel Lee pôde desacelerar o ritmo das criações e focar em peças que conciliam desejo estético e usabilidade prática, aproximando a marca do cotidiano do consumidor moderno.
Clássicos reinventados e estética jovem
A coleção apresentada combina elementos históricos da Burberry com inovação. Os tradicionais trench coats ganharam cores pastéis, franjas e texturas diferenciadas, enquanto bombers vibrantes reforçam a modernidade da linha. Além disso, a estética da coleção incorpora referências visuais das décadas de 1960 e 1970, com vestidos psicodélicos, blazers combinados a calças flare e estampas retrô que criam uma narrativa visual que liga passado e presente.
Desfile da maison Burberry durante LFW SS26 (Foto: reprodução/Instagram/@fordmodelsparis)
Segundo especialistas, essa estratégia demonstra a capacidade da marca de ouvir o mercado e integrar cultura, moda e identidade visual.

Modelos em desfile para a maison Burberry durante o LFW SS26 (Foto: reprodução/Instagram/@burberry)
A Burberry reforça sua relevância ao apresentar luxo não apenas como exclusividade, mas também como conexão cultural e identificação com as novas gerações, sem perder a sofisticação que a consolidou mundialmente.
Resiliência e maturidade criativa
Ao integrar gestão e criação, a marca mostra resiliência frente às críticas e maturidade na condução de seu legado. Daniel Lee evidencia que é possível repensar o luxo contemporâneo, trazendo estética, relevância e acessibilidade sem comprometer a tradição. Com essa abordagem, a Burberry reafirma sua posição no mercado global de moda, equilibrando inovação, história e apelo para consumidores jovens e exigentes.
Matéria por Isis Carvalho
