Todos já passaram por frustração quando o assunto é o tamanho da peça de roupa, que diz ser o tamanho certo na etiqueta, mas, quando é provado, acaba não passando da coxa. Para tentar mudar esse cenário a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) aprovou a norma NBR 16933, que tem o objetivo de padronizar os tamanhos de roupas femininas no Brasil.
Medidas padronizadas (Reprodução/Sebrae Inteligência Setorial)
Nesta terça-feira (8), a ABNT publicou uma tabela que traz medidas de tamanhos padronizadas, que conta com os cinco principais biotipos das brasileiras. Foram preciso nove anos de pesquisa para escanear os corpos de mais de 10 mil mulheres em todos os cantos o país, em tamanhos que variam entre o 34 ao 62. Esse esforço é para que no futuro todas as lojas físicas possam ter um padrão parecido com os das lojas online. A ideia é que as marcas coloquem em suas etiquetas os centímetros de busto, cintura, quadril e não apenas os tamanhos.
Roupas para cada biotipo (Reprodução/Sou de Algodão)
A jornalista Amanda Ramos disse ao site Bora SP da Uol: “Desde muito nova eu tenho problema de encontrar roupa para mim. As lojas não têm um tamanho padrão”. Isso acontece com muitas mulheres.
A consultora de moda Ana Luiza também disse ao site Bora SP da Uol: “Não é normal ter uma calça 48 e uma calça 58 e quando a gente põe as duas juntas elas são iguais. Algo está errado nessa etiqueta”.
Maria Adelina, superintendente do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário da ABNT, diz: “A consumidora quer uma roupa de conforto, uma roupa de estética e não uma roupa que tenha apenas um número que a agrada ‘nesse número e nesse código eu me encontro’”.
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Mas essa mudança não será rápida, pois as marcas não serão obrigadas a cumprir essas normas. Porém já é um avanço enorme, já que com isso irá expandir o mundo da moda além do P, M e G. Fernanda Hage, especialista em moda diz ao site Bora SP da Uol: “Isso vai se tornando um movimento que gradativamente pode chegar nas grandes marcas. Agora as mulheres tendo essa padronização acho também que é um papel das consumidoras cobrar as marcas se adaptem”.
Foto Destaque: Tamanho padrão para roupas femininas. Reprodução/Academia do Importador