O Grupo Armani anunciou na última quarta-feira (02) que banirá o uso da lã de angorá a partir da próxima temporada de outono/inverno 2023. A grife de luxo italiana agora se une a marcas como Gucci, Burberry, Zara e H&H, que baniram a utilização do tecido macio proveniente de coelhos vivos buscando uma maior consciência ambiental.
O item agora se junta à lista de materiais que estão excluídos pela política antipeles da empresa. A decisão segue a pressão sofrida por empresas da indústria da moda e beleza de organizações pelos direitos dos animais e de consumidores que buscam produtos que não exijam a participação de animais, sejam em teste ou atividades relacionadas à fabricação do produto.
Coleção de verão 2022 da Empório Armani. (Foto: Reprodução/ Ansa/Daniel Dal Zennaro)
“Tenho o prazer de anunciar “a retirada “da lã de angorá de todas as coleções do grupo,” no interesse de “proteger a natureza”, disse o estilista Giorgio Armani durante o anúncio oficial.
“A porcentagem de roupas com lã de angorá é muito baixa e planejamos substituí-las por materiais [que atendam] aos padrões mais rígidos em termos de bem-estar animal”, disse uma porta-voz do grupo em entrevista.
Em novembro passado, a organização não governamental PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais), anunciou que a Farfetch, plataforma digital de moda que reúne marcas e designers de luxo, não venderá mais peças produzidas com o tecido da lã de angorá a partir de abril de 2022. Em 2013 a organização havia lançado um boicote as peças produzidas com lã de angorá, acusando os produtores chineses da crueldade animal durante o processo de extração das peles dos coelhos.
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Desde 2016 a Giorgio Armani vem anunciando a renúncia no uso de qualquer tipo de pele de origem animal em suas linhas de roupas e calçados, garantindo que hoje em dia há no mercado alternativas sustentáveis que não necessitem de sofrimento animal. Três anos depois, a maison assinou o “Pacto da Moda” junto com outros líderes do mercado fashion que busca um posicionamento das marcas para lidar com as mudanças climáticas.
Foto destaque: Logo da Giorgio Armani. Reprodução/ Arnd Wiegmann/Reuters