A marca fundada pelo estilista espanhol, Cristóbal Balenciaga, faz parte da alta-costura, e é considerada por muitos como inacessível pelos seus valores altos. Para ampliar os seus clientes, a mesma resolveu entrar no mercado de revenda.
Como forma de expandir o seu comércio, a marca fechou uma parceria com a plataforma Reflaunt, para que seus clientes possam vender os produtos da Balenciaga que não utilizam mais, contribuindo para o futuro da moda circular e dando uma nova oportunidade para as peças: “O objetivo é capacitar os clientes para darem uma segunda vida ao seu guarda-roupa”, revela a Balenciaga. O processo de revenda, nomeado de “Re-Shell Program”, vai ser autenticado e precificado pela própria marca, onde eles avaliam o produto e o classificam em até cinco categorias, de “novo” até “moderado”. Os mesmos também vão garantir uma maior atratividade para o produto, sendo responsáveis por fotografar cada artigo, antes de entrarem na plataforma de vendas.
Loja Balenciaga (Foto: Reprodução/Getty Images)
Após a venda ser feita, o produto pode ser retirado em alguma loja selecionada da Balenciaga e o vendedor pode receber o valor em dinheiro, ou em créditos/fundos na loja. Só tem um porém, as peças que forem colocadas à venda após 180 dias, e não tiverrem nenhuma movimentação, serão retiradas da plataforma e devolvidas ao dono, com uma taxa de 15 euros.
O diretor criativo da grife, Demma Gvasalia, já se mostrou diversas vezes interessado em produzir uma moda mais sustentável e formas de conseguir alcançar esse objetivo. No desfile de 2021 da primavera-verão, por exemplo, diversos produtos foram feitos com materiais sustentáveis. Além disso, o grupo que detém a marca, o Grupo Kering, exige selo de couro sustentável e produz cada vez mais projetos pró-sustentáveis.
A iniciativa do “Re-Shell Program” já está disponível para negociações nos Estados Unidos. França, Itália, Reino Unido e Singapura.
Foto de capa: Propaganda do novo projeto da Balenciaga. Reprodução/WWD