Dior incorpora herança indiana com bordados de lantejoulas e técnicas ancestrais

Adrielle Alvim Por Adrielle Alvim
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A Maison Dior evidenciou o poder da moda como forma de expressão cultural em seu recente desfile na Índia. Indo além de um mero evento de moda, a marca francesa priorizou a colaboração com artistas e artesãos locais para criar peças únicas e especiais. Enquanto outros estilistas renomados já haviam realizado desfiles no país, como Pierre Cardin em 1967, Yves Saint Laurent em 1989 e Valentino em 2004, a Dior demonstrou um compromisso genuíno com a valorização da cultura e das tradições indianas.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>Aari, akin to tambour embroidery, is one of the techniques mastered by the Chanakya ateliers in Mumbai, interpreting an archival 1960s Dior motif for <a href=”https://twitter.com/hashtag/DiorFall23?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#DiorFall23</a> by Maria Grazia Chiuri <a href=”https://t.co/kC67pvsPPn”>https://t.co/kC67pvsPPn</a> with a fine hook and thousands of jewel-bright sequins. <a href=”https://t.co/zGFlmORVNm”>pic.twitter.com/zGFlmORVNm</a></p>&mdash; Dior (@Dior) <a href=”https://twitter.com/Dior/status/1642167869784850435?ref_src=twsrc%5Etfw”>April 1, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Técnicas ancestrais e interpretação dos modelos da era Bohan. Reprodução/Twitter/@Dior


Em parceria com a Chanakya School of Craft, uma escola de artesanato sem fins lucrativos localizada na Índia, a Dior utilizou técnicas ancestrais de alta qualidade para criar as sedas usadas nas roupas e os bordados de pequenas lantejoulas foram feitos manualmente com a técnica Aari, conforme explicado por Karishma Swali, diretora artística dos ateliês Chanakya, em um vídeo divulgado nas mídias sociais da Dior. Além disso, a coleção apresentou técnicas de aplicação, bordado com espelhos (Shisha), ponto Couching, Zardozi, Zari e estamparia por blocos.

 

A coleção também celebrou a visão de Marc Bohan, um dos icônicos estilistas da Dior, que passou cerca de 30 anos na casa de moda. Com padrões contemporâneos e designs intrincados, as bordadeiras indianas da Chanakya interpretaram modelos Dior criados por Bohan durante sua visita à Índia em 1962, criando uma ponte cultural entre a França e a Índia que continua sendo honrada.

Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior, destacou a importância de valorizar a criatividade dos artesãos e a cultura local, ao mesmo tempo em que adiciona um toque contemporâneo. Em entrevista à InStyle, ela enfatizou que essa coleção foi o resultado dos esforços conjuntos da Dior e da Chanakya para dar vida a uma linguagem única, promovendo uma troca cultural enriquecedora e fortalecendo a indústria do artesanato na Índia. O desfile da Dior na Índia foi, portanto, uma colaboração genuína e significativa que celebrou a riqueza cultural do país.

Foto Destaque: Dior Fall 2023. Reprodução/Instagram/@Dior

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