Estilistas falam sobre a disparidade de gênero na SPFW

Aisha Carvalho Por Aisha Carvalho
3 min de leitura

A falta de representatividade feminina nos cargos de liderança na SPFW tem sido uma questão evidente, apesar da presença de mulheres em diversos outros setores da semana de moda. Esta discrepância de gênero foi discutida por estilistas proeminentes como Renata Buzzo e Cíntia Félix, que expressaram suas perspectivas sobre essa lacuna e como suas criações desafiam essa realidade.

Representatividade feminina

Embora a SPFW conte com a presença de mulheres em várias esferas da moda, a ausência delas como diretoras criativas é notável. Com apenas 13 designers femininas entre as 38 marcas presentes, essa discrepância reflete a persistente disparidade de gênero na indústria. Essa falta de representatividade em cargos-chave evidencia a necessidade de uma mudança estrutural, permitindo mais espaço e oportunidades para as mulheres no comando.

Cíntia Félix, da AZ Marias, ressalta essa questão, enfatizando como as mulheres são sub-representadas nos cargos de liderança, apesar de serem a maioria na força de trabalho da indústria da moda. Ela instiga a reflexão sobre a presença das mulheres nesses espaços, destacando a importância de suas vozes na tomada de decisões e na criação de ambientes mais inclusivos e doadores.


Passarela da SPFW 2023 (Foto: reprodução/Raíssa Basílio/Pinterest)


Desafios na moda

Renata Buzzo compartilha experiências semelhantes, destacando a trajetória desafiadora das mulheres na moda. Ela enfatiza como as mulheres são obrigadas a provar suas habilidades repetidamente, enfrentando uma longa e árdua jornada para conquistar reconhecimento e espaço na indústria.

Através de suas criações, ambas as estilistas, Cíntia e Renata, buscam desafiar a visão estereotipada da mulher na sociedade. Cíntia Félix, com a coleção “Florescer – Ato III: Fogo”, aborda a transformação e a potencialidade do elemento fogo, destacando a brasilidade e a diversidade na moda. Enquanto isso, Renata Buzzo, com sua linha recente na SPFW, explora metáforas como a lua e o mar para questionar os relacionamentos e a percepção distorcida das mulheres na sociedade.

Ambas as estilistas são vozes cruciais na indústria da moda brasileira, junto com outras designers que desafiam as normas estabelecidas. A necessidade de um espaço mais inclusivo e representativo continua sendo um desafio a ser superado, seja no âmbito da diversidade de corpos, peles ou gênero. A busca por uma indústria mais inclusiva e equitativa permanece como um objetivo crucial a ser alcançado.

Foto Destaque: passarela da SPFW 2023. (Reprodução/Raíssa Basílio/Pinterest)

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