Greenwashing: empresas de moda fingem ser sustentáveis para venderem mais

Camilla Oliveira Por Camilla Oliveira
3 min de leitura

A sustentabilidade é um assunto de interesse de todos e sempre de cunho muito atrativo. A ideia do uso consciente de recursos naturais que firma o desenvolvimento econômico, somada à preservação do meio ambiente, se torna um rótulo digno de apreciação. A boa imagem construída através da sustentabilidade cria acessos à falsas descrições sustentáveis.

Grandes empresas no setor privado, como as de moda, por exemplo, se aproveitam da ideia concebida pela sustentabilidade, que é a preservação do meio ambiente. O ‘greenwashing’ – ou ‘lavagem verde’, em tradução literal – significa o ato de omitir, mentir ou camuflar a real veracidade das consequências das produções de uma empresa.


Representação ilustrativa e figurada para o greenwashing (Foto: reprodução/CLAUDIA)


A camuflagem através do Greenwashing

Nesse sentido, grandes empresas visam sustentar a falsa informação de apoio à sustentabilidade nas produções de seus produtos. Isso porque o assunto gera uma imagem mais positiva da empresa e, consequentemente, a acessibilidade aos consumidores é facilitada. Em muitos casos, o falso rótulo de sustentabilidade, como peças recicladas na produção de determinado produto, ajuda a encarecer a peça.

Segundo Érico Paggoto, doutor em sustentabilidade pela USP, em entrevista à ‘Revista Claudia’, afirma que o uso incorreto da imagem de sustentabilidade afeta o emocional do consumidor, que está cada vez mais preocupado com o meio ambiente: “As propagandas geram uma espécie de engajamento emocional no cliente. Com isso, as organizações acabam tendo algum tipo de vantagem, seja comercial, porque é um produto verde, então é vendido com mais facilidade e por um preço maior; seja competitiva, porque acumula um capital de boa reputação’’, revela.


Representação ilustrativa do greenwashing (Foto: reprodução/CLAUDIA)


Fiscalização

Não existe, até o momento, nenhuma lei que proíba a prática do greenwashing. O termo é determinado à prática para dar forma às ações de falsa sustentabilidade de grandes indústrias. Esse tipo de fiscalização ajuda a combater a desleal imagem de avanço social em relação ao cuidado com o meio ambiente.

No Brasil, segundo uma pesquisa realizada pela empresa Mercado Livre, houve um aumento de 112% de vendas de peças sustentáveis entre os anos de 2020 e 2021, o que pode indicar que o consumidor está cada vez mais preocupado com o impacto causado pela origem do produto em que ele está comprando.

 

Foto destaque: Pedestre usa uma bolsa de produção sustentável. Reprodução/Joana Campos Silva

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