Neste domingo (20), Dia da Consciência Negra, aconteceu o encerramento da São Paulo Fashion Week. Na passarela, a grife Isaac Silva não deixou a data passar em branco e fez um desfile emocionante. Os apresentadores Manoel Soares e Rita Batista foram os convidados de honra da marca e integraram o casting formado apenas por pessoas negras e povos originários. Além disso, os looks foram inspirados no filme “Wakanda Forever”.
O desfile estava recheado de referências ao filme, ainda em cartaz nos cinemas, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”: unhas afiadas, acessórios dourados e até os detalhes mais discretos estavam presentes nos look, mas sem deixar de lado as raízes baianas da design Isa, que se mostrou empolgada em retratar Wakanda nas passarelas. “O filme mostra o nosso grande potencial. Nós que trabalhamos com moda precisamos de arte, cinema e música, que são temas que nos inspiram”, além disso, ela ainda espera que com o sucesso do filme todos vejam uma “Wakanda Brasil”, de prosperidade e sucesso em um futuro próximo.
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O apresentador Manoel Soares, que desfilou para a marca, se mostrou empolgado por fazer parte deste momento. “Gente, nós somos o país com a maior quantidade de negros fora do continente africano. É tão importante que a gente possa celebrar isso com tranquilidade, legitimidade, beleza e leveza. Para que a pele preta não seja só sinônimo de genocídio e racismo. Somos sinônimo de alegria, beleza e de dinheiro também. Então vem com a gente ser feliz”, comentou.
Já a convidada de honra, Rita Batista, reforçou a importância desse momento. “Estar pela primeira vez no SPFW, no dia 20 de Novembro, no desfile de Isaac Silva é muito representativo. Saudar os nossos, honrando a ancestralidade e pisando firmemente no novo, desfilando beleza, tecnologia e protagonismo. Fiquei lisonjeada com o convite e feliz que finalmente a moda brasileira vem reconhecendo esses talentos e suas produções. Que momento”, disse.
Na apresentação da coleção, a designer das peças também fez uma homenagem à estilista Marisa Moura, que foca em representar as raízes brasileiras em seus trabalhos, e à senegalesa Mama, uma das primeiras a utilizar os tecidos africanos no Brasil. Apesar das evoluções e mudanças no meio da moda, Isa afirma que todos precisam conhecer o trabalho de mulheres como Mama e Marisa, por serem exemplos de admiração. “Imagine quantas outras como elas não existem por aí?”, questiona e também espera que designers e artistas brasileiros estejam cada vez mais em posições de destaque.
Foto Destaque: Modelo no desfile da grife Isaac Silva. Reprodução/Gshow
