Louis Vuitton resgata o balonê no desfile em Barcelona

Camilly Silva Por Camilly Silva
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Foto destaque: modelo com peça balonê (Reprodução/euronews/AP Photo)

O calendário de desfiles intermediário está cada vez mais agitado, com marcas apresentando suas coleções de cruise (verão) e pré-inverno em intervalos cada vez menores. Hoje, em 23 de maio, a Louis Vuitton surpreendeu ao escolher Barcelona como cenário para seu desfile, mais precisamente o Parque Güell, que foi oficialmente inaugurado em 1926.

Este ponto turístico emblemático serviu como palco para o evento, e o destaque da coleção foi a ressurgência do balonê. O volume, que divide opiniões, foi mais uma vez incorporado por Nicolas Ghesquière, o atual diretor criativo da marca, prometendo ser um sucesso neste verão e possivelmente também no próximo – pelo menos entre os mais antenados com a moda. Confira abaixo as peças:



Na coleção, que mergulhou nos anos 80 e flertou com um romance noir, Ghesquière concentrou sua atenção especialmente nos quadris, seja em saias de diferentes comprimentos ou em calças. Havia uma aura equestre e um toque de bucólico, graças aos chapéus, mas tudo isso combinado com uma atmosfera noturna perfeita para animadas noites de verão. Vale destacar que o Park Güell é um jardim público reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial e é visitado por turistas de todo o mundo.


Post de divulgação do desfile (Reprodução/Instagram/@louisvuitton)

Imagens do desfile Cruise 2025 (Reprodução/Getty Images Embed/Pablo Cuadra/Borja B. Hojas/WireImage)


As roupas balonê: revisitando um símbolo de rebeldia e empoderamento

As roupas balonê, com seus volumes exagerados e silhuetas amplas, carregam consigo uma rica história na moda. Surgindo no século XVI como parte dos trajes da aristocracia, elas simbolizavam riqueza e status. No entanto, com o passar do tempo, o balonê se tornou um símbolo de rebeldia e empoderamento, sendo usado por movimentos contraculturais como os punks e os anos 80.

Na década de 80, o balonê foi reinventado por designers como Thierry Mugler e Christian Lacroix, que o incorporaram em seus designs ousados e futuristas. Essa reinterpretação do balonê se tornou um símbolo da época, marcada por excessos e individualismo.

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