Michael Rider estreia na Celine com toque preppy e nostalgia
Michael Rider estreia na Celine unindo preppy, elegância francesa e styling sutil, pavimentando o caminho para um novo clássico.
A Celine ressurgiu nas passarelas, reinventada e cheia de mistérios. Seu novo visual ainda desperta curiosidade e especulações. Depois de seis anos com Hedi Slimane, Michael Rider assumiu o leme criativo. Em Paris, no domingo (06), apresentou sua primeira coleção impactante. A proposta de Rider uniu o legado da marca com seu toque pessoal e ousado.
Hedi Slimane foi responsável por posicionar a Celine logo atrás da Dior e Louis Vuitton em vendas. Durante seu comando, o faturamento da marca mais que dobrou, segundo especialistas do mercado.
Para entender a estreia de Michael Rider, é essencial considerar esse cenário. Em conversa com a imprensa após o desfile, ele afirmou que não busca apagar o que veio antes. Essa continuidade planejada tem tudo a ver com o momento delicado do mercado de luxo.
Entre o clássico e o preppy
O passado icônico da Celine se mistura com a vibe cool e casual das raízes estadunidenses, criando uma fusão de tradição e modernidade que renova o legado da marca. Essa combinação traz uma leveza preppy ao estilo clássico francês sem perder sua elegância inconfundível.

A influência dos anos 1980, com seu sotaque francês, está bem presente na coleção. Inspirada na burguesia parisiense daquela época, a alfaiataria ganha uma abordagem mais relaxada, com calças abaloadas e uma variedade de recursos de styling, como bijoux e lenços. O desfile começa com uma combinação ousada de jeans skinny e blazer oversized, onde o abotoamento alto, deslocado para o lado, cria um desenho inesperado que quebra o convencional. Essa mistura de elementos tradicionais e contemporâneos dá ao verão 2026 um toque fresh e sofisticado.
O desafio da nova Celine
Lançar uma nova fase nunca é simples, especialmente quando a marca ainda depende da imagem dos nomes que já passaram por ela. Hoje, mais do que lançar uma peça marcante, o que realmente constrói relevância é o estilo, a atitude e a forma como o conjunto é interpretado pelo público.
CELINE Printemps 2026 Collection (Reprodução/Instagram/@celine)
Rider parece entender o jogo. Em vez de apostar no impacto imediato, constrói aos poucos um vocabulário visual, onde o conjunto fala mais alto que o brilho de uma peça só. O styling não grita, ele sussurra com intenção, marca território com gestos calculados. A identidade ainda está em formação, mas o terreno já começa a ganhar contornos. Se mantiver o ritmo e a liberdade, o que virá nas próximas coleções pode ser mais do que moda: pode ser o nascimento de uma assinatura. E quem sabe, de um novo clássico.
