Minissaia jeans marca retorno do Y2K no verão 2026

Tendência dos anos 2000, a minissaia faz seu retorno com modelagens, lavagens e combinações que trazem um ar de modernidade e nostalgia pro ano todo

31 out, 2025
Madison Beer e Sabrina Carpenter usando minissaias | Reprodução/Instagram/@madisonbeer/@sabrinacarpenter
Madison Beer e Sabrina Carpenter usando minissaias | Reprodução/Instagram/@madisonbeer/@sabrinacarpenter

Ícone dos anos 60 que revolucionou a moda, as saias jeans voltaram a reinar nos anos 2000, acompanhadas de outras tendências polêmicas: calças skinny, blusas frente única, conjuntos de veludo e até a sobreposição de regatas. Extremamente popular entre as garotas da época, o seu retorno agora surge com novas modelagens e estilos, prontas para dominar o verão de 2026 — sem deixar o visual com uma vibe datada.

Depois que outras tendências Y2K voltaram à tona, como calças de cintura baixa, baby tees e cintos largos, era apenas uma questão de tempo até que as minissaias jeans retomassem os holofotes fashionistas e os armários do público em geral.

Como usar a minissaia em 2026

Embora a minissaia dos anos 2000 esteja de volta, ela não é uma reprodução exata das versões passadas. As peças modernas incorporam elementos contemporâneos, como tecidos sustentáveis, cortes mais democráticos e estilos inclusivos — refletindo uma moda cada vez mais diversa e consciente.

Além disso, a minissaia atual pode ser combinada com peças de diferentes estilos, criando produções que equilibram o vintage e o moderno. O destaque nas passarelas também cresce: a peça apareceu recentemente em desfiles da Dior e nos looks de celebridades como Kylie Jenner.


Atriz Maria Paula Johann usando minissaia em seu look (Foto: reprodução/Instagram/@mariapaulajohann)


A escolha da blusa faz toda a diferença. T-shirts e regatas básicas seguem como curingas para o dia a dia, enquanto blusas de tricô, bodys justos e camisas oversized adicionam um toque fashionista, adaptável a diferentes ocasiões.

Mais que uma peça, um ato político

Apesar de vários designers terem contribuído para a popularização da minissaia — já que a redução do comprimento foi gradual — o maior reconhecimento vai para Mary Quant, estilista britânica que lançou as “saias acima do joelho”, inspiradas no streetwear londrino dos anos 60. Sua criação ultrapassou a estética: tornou-se símbolo de liberdade e quebra de padrões de comportamento.

Mary costumava afirmar que não tinha tempo para esperar pela liberdade feminina — e, de fato, sua proposta ia além da moda: era revolução. Cada vez mais mulheres buscavam ocupar o espaço público, conquistar independência financeira e se movimentar com autonomia, e as roupas precisavam acompanhar esse ritmo.


Mary Quant ajustando saia em modelo, na sua autobiografia (Foto: reprodução/Instagram/@jessjames.co)


Para dar mais liberdade física às mulheres, Mary passou a encurtar as bainhas de suas saias e das de suas clientes. O comprimento já não cobria os joelhos e ganhava recortes ousados, tecidos leves e cores vibrantes. Assim nasceu a minissaia, cujo nome foi inspirado no carro Mini Cooper, favorito da designer.

Mais de 60 anos depois, a minissaia continua representando o mesmo espírito: liberdade, ousadia e autoconfiança. Seja nas passarelas de alta-costura, nos looks das influencers ou nas ruas, a peça prova que é possível resgatar o passado sem abrir mão do novo. O retorno da minissaia jeans no verão de 2026 vai além de uma tendência: é um lembrete de que a moda sempre volta — e cada vez mais poderosa.

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