O Festival de Cinema de Cannes sempre foi uma vitrine de moda icônica, e neste ano, os vestidos vintage dos anos 1990 voltaram a dominar os holofotes. Celebridades como Bella Hadid, Naomi Campbell e Marina Ruy Barbosa apostaram em peças de arquivo que resgatam o glamour e a sofisticação da década, provando que a moda é cíclica e que boas criações atravessam gerações. De looks assinados por Karl Lagerfeld a peças raras da Dior, os vestidos escolhidos pelas estrelas reforçam a força do vintage na alta-costura atual. O retorno ao passado, aliado a um olhar contemporâneo, tem sido uma das apostas favoritas dos stylists no festival francês.
Ícones da passarela em versões memoráveis
Naomi Campbell brilhou com um vestido Chanel da coleção primavera/verão de 1997, originalmente desfilado por ela. A peça, com mangas de pérolas e transparências estratégicas, ganhou nova vida nas mãos do stylist Law Roach.
Naomi Campbell no Tapete vermelho de 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@naomi)
Já Marina Ruy Barbosa desfilou em um longo preto e branco da Chanel, da coleção de 1987, com lantejoulas bordadas e luvas de ópera que completaram o look assinado por Pedro Sales.
Marina Ruy Barbosa usou um look que remete uma volta na época vintage (Foto: reprodução/Instagram/@marinaruybarbosa)
Looks marcantes e cheios de história
Livia Nunes também chamou atenção com um Dior couture assinado por Marc Bohan, datado de 1983, uma peça de mais de quatro décadas, resgatada com sofisticação.
Livia Nunes protagonizou seu look com um penteado que complementou perfeitamente a produção. (Foto:reprodução/instagram/@livia)
A francesa Jeanne Damas trouxe o minimalismo do slip dress com um modelo Chloé por Stella McCartney, da coleção verão 1999, confirmando que o charme sutil dos anos 90 continua em alta.
A influenciadora marcou presença no tapete vermelho com uma produção completamente de simbolismo vintage(Foto: reprodução/Instagram/@jeannedamas)
Cannes novos contextos e protagonistas
Cannes prova que os clássicos não apenas sobrevivem ao tempo, mas voltam ainda mais poderosos quando ganham novos contextos e protagonistas.
O Festival de Cannes mais uma vez nos lembra que os clássicos não apenas resistem ao passar do tempo — eles se reinventam, se adaptam e muitas vezes retornam com ainda mais força e relevância.
Em um cenário onde a inovação é constantemente celebrada, é curioso perceber como histórias, estéticas e referências do passado continuam a ecoar com intensidade no presente. Cannes prova que aquilo que é considerado clássico não está preso ao passado, mas, ao contrário, possui uma capacidade quase infinita de transformação.
Quando esses elementos são revisitados sob novas perspectivas, com protagonistas que representam a diversidade do nosso tempo e contextos que dialogam com as questões atuais, o impacto pode ser ainda mais potente. Seja no cinema, na moda ou na publicidade, o poder de resgatar ícones consagrados e dar a eles novos significados revela uma sensibilidade criativa que une gerações e culturas.
É como se o passado ganhasse nova vida ao ser reinterpretado com ousadia e autenticidade. E é justamente essa combinação entre memória e renovação que torna os clássicos tão irresistíveis: eles permanecem vivos, pulsantes e cheios de possibilidades, prontos para serem redescobertos pelo olhar contemporâneo.