Na Casa Higienópolis, em São Paulo, Patricia Viera apresentou o que chama de seu último desfile. Mas isso não significa um fim, é o começo de uma nova fase para a marca. Prestes a abrir uma loja no shopping Iguatemi, a grife se reinventa. Conhecida por dominar o trabalho artesanal em couro como poucos, Patricia explorou o estilo Art Déco.


Nova geração assume e expande o legado da marca
Nos bastidores, vestida de jaleco e com fita métrica no pescoço, ela revelou que esse foi seu último desfile, agora a filha Andrea Viera Baptista assume a frente criativa. O momento representa uma transição planejada e cheia de significado, a nova geração assumira com o desafio de preservar o DNA artesanal do couro e, ao mesmo tempo, trazer frescor e novas ideias à grife, enquanto Patricia retorna à costura personalizada, seu grande amor.
Andrea já vem participando do processo criativo há algum tempo, e agora toma oficialmente a frente dos próximos passos da marca. Nova fase, que inclui a abertura de uma loja no shopping Iguatemi e o lançamento de linhas de sapatos e objetos de decoração em couro artesanal.
Couro ganha formas poéticas
A coleção apresentada traz forte influência do movimento Art Déco, refletido tanto nas peças quanto na arquitetura do local escolhido para o desfile. O couro, símbolo da marca, ganha novos significados em mosaicos criados com sobras de tecidos e em bordados artesanais assinados pelo artista cearense Jardel Moura.


Vestidos, casacos e camisas ganharam cortes a laser e pedaços de tecidos diferentes minuciosamente costurados, criando losangos e padrões que, à distância, parecem estampas. Usando linhas com padrão quase arquitetônico, reforçando a conexão entre moda e arte. O grand finale ficou por conta de uma noiva em vestido de couro croco com textura de “escamas sorridentes” e cristais aplicados