Em meio a uma onda de especulações, o Grupo Prada confirmou oficialmente nesta quinta-feira (10), a aquisição da Versace. A emblemática casa de moda italiana, até então sob controle da norte-americana Capri Holdings, foi comprada por € 1,25 bilhão. A transação marca um importante movimento no cenário do luxo europeu.
Patrizio Bertelli, presidente e CEO do grupo, declara “Estamos muito satisfeitos em receber a Versace no Grupo Prada e construir um novo capítulo para uma marca com a qual compartilhamos um forte compromisso com a criatividade, artesanato e herança”. O executivo ainda destacou o objetivo de “celebrar e reinterpretar a estética ousada e atemporal da Versace”, agora com suporte estrutural e financeiro mais sólido.
Reestruturação e mudança de comando criativo
A entrada da Versace no Grupo Prada acontece em um momento de renovação criativa. Em março, a grife anunciou a saída de Donatella Versace da direção criativa após quase três décadas à frente da marca. Ela assume agora o cargo simbólico de embaixadora-chefe. Em seu lugar, entra Dario Vitale, ex-Miu Miu.
Donatella Versace (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Taylor Hill)
Expansão e reposicionamento global
A compra da Versace representa mais que uma jogada comercial, ela demonstra uma mudança de postura. O grupo Prada volta a apostar em crescimento agressivo, diversificação e fortalecimento de marca. A Versace, por sua vez, pode viver uma nova fase sob direção italiana, alinhando tradição e inovação com a força de um grupo com mais experiencia.
A transação ainda será finalizada nos próximos meses, mas já coloca a moda italiana em um novo momento histórico.
Loja Versace em Fifth Avenue in Midtown Manhattan, New York City
(Foto: reprodução/Robert Alexander /Getty Images Embed)
Ao reativar uma das grifes mais icônicas do país para controle nacional, a Prada fortalece sua posição enquanto protagonista da moda europeia, reacendendo um sentimento de identidade cultural e criativa. A chegada de Dario Vitale, com bagagem sólida e visão contemporânea, somada ao papel institucional de Donatella, aponta para uma fase de renovação que respeita o legado sem abrir mão da inovação.