Após estrear sua primeira coleção para a Givenchy em março de 2025, Sarah Burton revela agora sua primeira campanha visual à frente da maison. Conhecida por sua sensibilidade narrativa desde os tempos de Alexander McQueen, a diretora criativa aposta novamente na profundidade emocional como assinatura estética. Para isso, ela convocou duas colaboradoras que simbolizam sua visão: a modelo Kaia Gerber, sua musa recorrente, e a diretora de cinema Halina Reijn, responsável pelo elogiado Babygirl (2024).
Mais do que uma campanha tradicional, o trabalho propõe uma narrativa: “A ideia era focar na amizade entre uma diretora de cinema e uma atriz”, declarou Burton. “Eu queria celebrar o olhar feminino”, completou, em nota oficial. O resultado é uma série de imagens intimistas que destacam não apenas as peças da nova coleção, mas principalmente a troca de olhares, gestos e cumplicidade entre duas mulheres criativas.
Kaia Gerber e diretora Halina Reijn (Foto: reprodução/Instagram/givenchy)
Moda com narrativa e propósito
A campanha se distancia dos estereótipos visuais comuns e adota uma estética suave, quase cinematográfica. A direção de arte valoriza luz natural, tons neutros e cenários minimalistas em Paris. As roupas são fluidas, refinadas e marcadas por cortes precisos que acompanham essa proposta de leveza e introspecção. A intenção, segundo Burton, é mostrar a moda como extensão da identidade, e não como um fim em si mesma.
Kaia Gerber (Foto: reprodução/Instagram/givenchy)
Um novo capítulo para a Givenchy
Com essa campanha, Sarah Burton não apenas reafirma sua assinatura estética, mas também posiciona a Givenchy em uma nova fase, mais sensível e autoral. Ao trazer referências do cinema e da narrativa feminina, a marca ganha camadas de significado que vão além da roupa. O trabalho marca também o início de uma linguagem que pode se tornar a assinatura de Burton na maison, uma moda que valoriza processos criativos e relações humanas, sem abrir mão do luxo e da sofisticação. Ao colocar a intimidade no centro da imagem, ela reforça que elegância também pode ser silenciosa, delicada e cheia de intenção.