SPFW: Handred celebra a tapeçaria brasileira com afeto e arte
Nesta sexta-feira (11), iniciando o último dia da São Paulo Fashion Week, a Handred apresentou um desfile intimista que mais parecia uma conversa entre amigos. Com um casting de apenas 11 modelos, contando com amigos próximos do diretor criativo, André Namitala. A marca apostou em uma experiência sensorial e afetiva para revelar sua nova coleção, […]
Nesta sexta-feira (11), iniciando o último dia da São Paulo Fashion Week, a Handred apresentou um desfile intimista que mais parecia uma conversa entre amigos. Com um casting de apenas 11 modelos, contando com amigos próximos do diretor criativo, André Namitala. A marca apostou em uma experiência sensorial e afetiva para revelar sua nova coleção, chamada Ponto Brasileiro.
Ao som da narração do diretor criativo, o desfile ganhou um tom acolhedor e emocional. Era como estar em um cômodo da própria casa, tomando café e ouvindo histórias de um amigo querido. A proposta de André era bem mais do que apresentar roupas, ele queria compartilhar memórias, afetos e homenagear o trabalho coletivo que torna a moda possível.

(Foto: reprodução/agfotosite/ffw)
Historias contadas por peças da tapeçaria
As peças materializaram sensações tangíveis e visuais, proporcionando uma imersão poética na arte de bordar e de tecer histórias. André fez questão de destacar o trabalho de bastidores: costureiras, bordadeiras, stylists, maquiadoras e ilustradores foram homenageados com carinho ao longo da apresentação o que deixou totalmente evidente que a criação artística não é fruto de um gênio solitário, mas de um esforço conjunto, colaborativo.
A coleção reverenciou os mestres da tapeçaria brasileira, e cada look parecia traduzir etapas da construção de um tapete. Telas cruas com franjas, bordados minuciosos, estampas artesanais, maquiagem tridimensional e tecidos com textura aveludada foram alguns dos elementos que compuseram o desfile.

Criação se mistura com memória e afeto
Durante o desfile, André compartilhou com todos os momentos e dificuldades do processo criativo da coleção. Ele falou sobre as escolhas que fez, as dúvidas que teve e as contribuições de outras pessoas envolvidas. Um exemplo foi quando contou que, no início, não tinha certeza se uma camisa de linho marrom combinaria com um conjunto bordô, sugestão do stylist Felipe Veloso, mas ao ver tudo junto na passarela, percebeu que a combinação funcionava. André também mencionou os desenhos de Filipe Jardim, que aparecem nas roupas e até nos rostos dos modelos, aplicados como maquiagem artística por Carla Biriba. Tudo isso trouxe um toque pessoal e afetivo à apresentação da peças.
A Handred entregou uma coleção que não apenas vestiu o corpo, mas também tocou o coração. Em tempos acelerados, a marca lembrou que moda também é pausa, afeto e memória
