A moda está sempre revisitando o passado, e a cintura baixa, icônica nos anos 1920 e reinventada nas décadas seguintes, ressurge com força nos dias atuais. No entanto, esqueça as calças jeans ultrajustas dos anos 2000: a tendência retorna com um olhar renovado, destacando saias fluidas e vestidos de caimento solto, criando visuais modernos e sofisticados. Marcas como Alaïa, Valentino e Gabriela Hearst têm explorado essa proposta em suas coleções mais recentes, provando que a cintura baixa pode ser reinventada sem perder sua essência.
Saias de cintura baixa: movimento e fluidez
As saias de cintura baixa reaparecem em diversas modelagens e comprimentos, das minissaias com pregas às versões midi e estruturadas. Diferente das versões antigas, que marcavam a silhueta de maneira mais rígida, as novas interpretações apostam na fluidez e no movimento natural do tecido, proporcionando leveza ao look.


Para um visual atualizado, a combinação com blusas ajustadas, bodies e cropped tops cria um contraste entre estrutura e suavidade.
Vestidos de cintura baixa: proporções renovadas
Outra grande aposta do retorno da cintura baixa está nos vestidos, especialmente no modelo “drop waist”, caracterizado pela cintura deslocada para a região do quadril. Inspirados nos anos 1920, esses vestidos ganham uma nova roupagem, variando entre tecidos leves e esvoaçantes até a alfaiataria desconstruída.


Grifes como Khaite, Cecilie Bahnsen e Jil Sander têm investido nessa estética, criando peças que equilibram feminilidade e modernidade. Nos tapetes vermelhos, celebridades como Zendaya e Kendall Jenner já adotaram a tendência, mostrando que a cintura baixa também pode ser elegante e sofisticada.
Os detalhes também fazem diferença na construção dessa tendência: plissados e drapeados ajudam a criar a ilusão de uma silhueta mais alongada, tornando os vestidos de cintura baixa ainda mais versáteis e atraentes para diferentes ocasiões.
Uma tendência com polêmicas
Apesar de seu retorno triunfal, a cintura baixa ainda gera debates. Seu histórico de favorecer apenas determinados tipos de corpo levanta questões sobre a inclusividade na moda. Muitas críticas apontam que a tendência pode reforçar padrões estéticos inalcançáveis, excluindo corpos que não se encaixam no modelo magro frequentemente associado às peças de cintura baixa.
Para driblar essa questão, algumas marcas têm investido em modelagens mais democráticas, garantindo que a tendência possa ser adaptada a diferentes silhuetas. A chave para o sucesso está na diversificação de cortes e tecidos, permitindo que mais pessoas possam aderir à cintura baixa de forma confiante e estilosa.