Americanas divulga prejuízo bilionário em 2023

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
3 min de leitura
Foto destaque: Frente de uma das lojas (reprodução/Facebook/@marcionas)

A rede de lojas Americanas registrou um prejuízo de R$ 2,27 bilhões em 2023. Isso foi divulgado em balanço financeiro feito pela companhia nesta quarta-feira (14), e o valor representa uma variação de 82,8% em relação ao ano de 2022, quando as perdas chegaram à casa de R$ 13,2 bilhões.

Essa foi a primeira publicação do balanço financeiro completo da empresa desde 2023, após a descoberta de uma fraude bilionária em suas demonstrações financeiras, que levou a empresa a um processo de recuperação judicial.

Queda de 42,1% na receita líquida

De acordo com o documento, a receita líquida da companhia foi de R$ 14,9 bilhões em 2023, o que representou uma queda de 42,1% em relação aos R$ 25,8 bilhões registrados em 2022.

“O resultado de 2023 foi negativamente marcado pelo impacto operacional da crise e redução de receitas, incluindo os custos adicionais da investigação e recuperação judicial e parcialmente compensados por impactos tributários”.

Varejista em seu relatório financeiro

A varejista, que havia solicitado recuperação judicial em janeiro de 2023 após o rombo descoberto, enfrentou uma demora na aceitação do plano, que foi aprovado apenas em 19 de dezembro, com o apoio de 90% dos credores.


Varejista entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de de 2023 (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)


As maiores perdas da empresa ocorreram principalmente devido à queda de 75,7% nas vendas de sua plataforma digital. Em comparação, a soma das operações por esses canais foi de R$ 6,02 bilhões no ano passado, enquanto, em 2022, o volume havia sido de R$ 24,7 bilhões.

Lojas físicas demonstraram força

As lojas físicas, no entanto, demonstraram sua força, alcançando R$ 14,1 bilhões em 2023, o que correspondeu a mais de 60% do GMV total. Em comparação com 2022, o volume bruto de mercadorias das lojas físicas teve uma retração de 2,3%.

Ainda segundo a empresa, a performance no varejo físico melhorou a partir do segundo semestre de 2023, quando a companhia reestabeleceu o relacionamento com boa parte dos fornecedores, estabilizou o abastecimento e iniciou mudanças na gestão de categorias de produtos.

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