Casas Bahia registra salto de 20% após recuperação extrajudicial

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
3 min de leitura
Foto destaque: Varejista agora esta entrando em processo de recuperação (Tuane Fernandes/Bloomberg/Getty Images Embed)

A decisão das Casas Bahia de iniciar um processo de recuperação extrajudicial gerou um impacto positivo nos investidores da empresa, com as ações da varejista subindo impressionantes 20,4% após o anúncio da decisão feita pela empresa. Isso se deve muito ao alívio dos investidores ao verem a empresa focar em seu plano “transformacional”.

Analistas do Bradesco BBI destacaram que essa medida proporciona uma importante margem de manobra para os fluxos de caixa de curto e médio prazo da Casas Bahia, reduzindo os riscos de preocupações com liquidez. A possibilidade de alongamento da amortização da dívida, com carências para pagamento de juros e principal, oferece à administração da empresa a chance de concentrar esforços na execução de seu plano estratégico sem distrações de resgates significativos de caixa.

Dividas chegam a casa dos bilhões

O pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia envolve cerca de 4,1 bilhões de reais em dívidas, com a estratégia de “reperfilamento” visando preservar aproximadamente 4,3 bilhões de reais no caixa da empresa nos próximos quatro anos. Além disso, a duração média da dívida será significativamente estendida, contribuindo para a estabilidade financeira da empresa a médio prazo.


Loja da Casas Bahia  (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)


Embora a notícia seja bem recebida em termos de fluxo de caixa, analistas do Safra observaram que o pagamento total de juros aumentará substancialmente, o que pode impactar o fluxo de caixa futuro. No entanto, a administração terá espaço e tempo para concentrar esforços em sua reestruturação, inclusive considerando o lançamento previsto de um FIDC para ampliar as vendas através de crédito facilitado aos clientes.

Plano deve ser homologado nos próximos 40 dias

O presidente-executivo da Casas Bahia, Renato Franklin, expressou confiança de que o plano será homologado em até 40 dias, dada a forte adesão dos credores. Com um alívio adicional no fluxo de caixa garantido pelos próximos quatro anos, a empresa está posicionada para antecipar a execução de elementos cruciais de seu plano de transformação.

Embora a estratégia de redefinição do perfil da dívida tenha sido bem recebida pelos analistas, há ainda expectativas por melhorias operacionais claras para fortalecer a capacidade da Casas Bahia de cumprir todo o serviço da dívida e gerar valor para os acionistas.

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